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Pós Stricto Sensu

Acervo de Trabalhos Finais - 2020


Autor(a) Adalberto Ortiz Clemente
Orientador(a) Prof. Dr. Alan César Belo Angeluci
Título SALA DE AULA INVERTIDA COM GOOGLE LASSROOM: PERCEPÇÕES DE ALUNOS DE ESCOLAS TÉCNICAS SOBRE ELETRÔNICA ANALÓGICA
Resumo A educação profissional no Brasil tem nas escolas técnicas um de seus principais baluartes, reafirmando continuamente sua pertinência e necessidade, diante do acesso ainda restrito de parte da população ao ensino superior de qualidade, e mesmo porque a proposta da formação profissionalizante de ter o trabalho como princípio educativo supre algumas necessidades da sociedade. Porém, tanto a sociedade como o mundo do trabalho, têm vivido transformações drásticas nessa recente transição do século XX para o XXI, e essas mudanças devem ser acompanhadas pelas modalidades de ensino para a profissão e suas metodologias. Uma dessas metodologias é a Sala de Aula Invertida (SAI), caracterizada como uma maneira de aprendizagem on-line, onde conteúdos, instruções e propostas de pesquisas e tarefas são disponibilizados antes da aula presencial, para que os alunos acessem com antecedência e cheguem à escola com conhecimentos prévios, informações e dúvidas, já mais capacitados para iniciar práticas, resoluções de situações e debates. Para aplicação da SAI, podem ser utilizados Objetos Digitais de Aprendizagem (ODAs), compartilhados por meio de plataformas como o Google Classroom e potencializadas com os complementos G Suite. Com base nessa premissa, a presente pesquisa tem como objetivo levantar as percepções dos alunos de escolas técnicas sobre modalidades estratégicas de ensino, como a metodologia Sala de Aula Invertida (SAI), utilizando o gerenciador Google Classroom e suas ferramentas G Suites para compartilhamento dos Objetos Digitais de Aprendizagem (ODAs). A experiência para verificação das percepções ocorreu junto a duas turmas dadisciplina de Eletrônica Analógica de Escolas Técnicas do Centro Paula Souza. Foram aplicados dois questionários, o primeiro antes do início da aplicação da metodologia SAI, para verificar o nível de conhecimentos prévios, e o segundo no final do semestre, após a aplicação da metodologia, para acompanhamento de como foi a progressão desses alunos. Ao final de todo o processo, um último questionário foi aplicado, com a finalidade específica de colher as percepções dos alunos e atender o objetivo principal desta pesquisa. Concluiu-se que a SAI pode agregar novas competências e habilidades, referentes ao multiletramento, aos discentes, além de promover maior autonomia, proatividade e responsabilidade ao processo individual de estudos, o que influiu diretamente sobre a percepção dos alunos sobre a mesma.
Palavras-Chave Escolas Técnicas. Ensino Profissionalizante. Google Classroom. Sala de Aula Invertida. Objetos Digitais de Aprendizagem. Eletrônica Analógica.
Ano 2020
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Autor(a) Alexandre Gonçalves Bressar
Orientador(a) Prof. Dr. Carlos Alexandre Felício Brito
Título A UTILIZAÇÃO DO GOOGLE CLASSROOM COMO FERRAMENTA DIDÁTICA: O IMPACTO SUBJETIVO NOS DISCENTES DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO
Resumo Resumo A sociedade contemporânea tem vivenciado uma nova era, marcada por expressivos avanços tecnológicos provenientes do uso das denominadas Tecnologias Digitais e da Comunicação e Informação (TDIC). As facilidades propiciadas por essas intervenções tecnológicas garantem sua continuidade e firmam sua expansão com incorporação nos hábitos do cotidiano. Esse novo caminho vem rompendo com os velhos paradigmas e criando uma realidade: conexão e interatividade. Vemos uma revolução na linguagem tradicional onde as TDICs contribuem para a retirada do texto escrito e acrescentam a possibilidade de animação gráfica no movimento das imagens, possibilitando estabelecer novas linguagens aos textos inertes e modalidades inovadoras de signos. Desta forma, o canal entre emissores e receptores se amplia e fica muito agradável para a geração Z, (pessoas nascidas entre 1990 até 2010), com forte interação em mídias digitais, celulares e computadores. Esta nova situação, quanto à educação inclusiva e de qualidade, requer a incorporação tecnológica nas escolas de recursos e ferramentas, gerando a necessidade de adequação cultural-tecnológica de seus profissionais. Este estudo apresenta o impacto subjetivo verificado a partir da percepção dos discentes após a utilização da ferramenta Google Classroom (GC) em sala de aula, na disciplina de eletrotécnica num curso do Ensino Médio Técnico. Há como pressuposto que este poderá facilitar o aprendizado dos alunos e, com efeito, espera-se melhorar a prática do docente. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo de intervenção pedagógica. Os dados foram obtidos por meio de questionário com perguntas abertas e fechadas, aplicadas em uma turma de 30 alunos do curso de eletrotécnica. Os resultados mostram que a utilização do GC pode favorecer o acesso ao conteúdo da disciplina, a qualquer momento, bem como a interação com os outros alunos e professor. Além disso, parece que a ferramenta GC pode tornar as aulas dinâmicas, na perspectiva dos alunos, pois eles descrevem a facilidade deste conteúdo estar disponível durante as aulas, o que poderá potencializar o processo de ensino-aprendizagem. Resultando como produto um manual didático de apoio e orientação ao docente para o uso em suas aulas.
Palavras-Chave Educação. Google Classroom. Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs). Curso Técnico de Nível Médio. Escola Técnica.
Ano 2020
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Autor(a) Alexandre Luiz Alonso
Orientador(a) Prof. Dr. Alan César Belo Angeluci
Título CONTRIBUIÇÕES DOS OBJETOS DIGITAIS DE APRENDIZAGEM PARA OS ALUNOS DE ESCOLAS TÉCNICAS
Resumo Algumas instituições de educação ainda relutam à inclusão das novas tecnologias digitais em sala de aula e se mantém distantes das realidades dos discentes. Este distanciamento também tem contribuído para o afastamento e desinteresse dos alunos pelas temáticas de aulas. O estudo se justificou ante a necessidade de responder a um questionamento: Como os Objetos Digitais de Aprendizagem podem contribuir para a aprendizagem do aluno de Escola Técnica? O estudo foi implementado em três ciclos distintos e sucessivos ao longo do segundo semestre de 2019, seguindo a metodologia do Design Based Research – DBR. O desenvolvimento ocorreu em uma classe do terceiro ano matutino do curso integrado na Escola Técnica Getúlio Vargas (GV), em São Paulo/ SP. O primeiro ciclo possibilitou a adaptação ao Ambiente Virtual de Aprendizado – AVA e a resolução de cálculos de elétrica em base do Excel. O feedback foi obtido através de roda de conversa, onde os discentes solicitaram atividades que contemplassem videoaulas, games e podcast. No segundo ciclo foram implementadas as solicitações do grupo participante da roda de conversa, o que motivou uma maior quantidade de acessos à plataforma e o aumento da procura aos recursos digitais, em especial as videoaulas. O feedback foi manifestado pelos alunos em sala de aula. Para o terceiro ciclo foi utilizado o microlearning, por meio do WhatsApp. Foram feitas postagens de curta duração em podcasts e vídeos, nenhum superior a 5 minutos. Nesta etapa, para a consecução da prova final, foi permitido o acesso aos meios eletrônicos, o que possibilitou verificar, além do domínio dos temas lecionados, a aquisição de habilidades no âmbito digital. O produto foi desenvolvido e implementado, possibilitando verificar, além do crescimento nas habilidades com o Excel para a resolução dos cálculos de elétrica, a desenvoltura nas pesquisas de soluções de problemas propostos utilizando-se dos recursos disponibilizados pelos ODA, e também para as postagens de tarefas a eles conferidas. Para verificar a satisfação dos discentes em relação ao ODA, foi feita sondagem via Google Forms, e os resultados coletados indicaram, em especial, a predileção pelas videoaulas e pelos podcasts, respectivamente.
Palavras-Chave Formação docente. Ensino e aprendizagem. Educação e Tecnologia. Objetos Digitais de Aprendizagem. Escola técnica.
Ano 2020
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Autor(a) Ana Paula Janaína Garofalo
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título INDICADORES EDUCACIONAIS ATRELADOS AO PROFESSOR: UMA ANÁLISE DOS PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO GRANDE ABC PAULISTA
Resumo Atualmente os indicadores educacionais são utilizados para monitorar o desempenho dos alunos, contabilizar as matrículas escolares, calcular a média de alunos por turma, as taxas de distorção idade série, entre outros aspectos. Por meio deles busca-se também compreender alguns fatores ligados às escolas como a evasão escolar, o baixo desempenho e a distorção idade-série. Este presente estudo tem por objetivo analisar as diretrizes contidas nos Planos Municipais de Educação da região do Grande ABC Paulista em relação a alguns indicadores educacionais atrelados aos professores dos anos iniciais do ensino fundamental, em particular, a formação superior, a adequação e o esforço docente. As evidências encontradas situam-se entre possibilidades e desafios. Como possibilidades indica-se que todos os municípios trazem intenções para que os professores consigam realizar cursos em nível superior. Quanto aos desafios, indica-se que nenhuma das cidades tinha, à época da coleta de dados, a totalidade de docente com formação em nível superior; não existiam metas e estratégias voltadas ao indicador adequação da formação docente; o esforço docente na região vem crescendo e essa sobrecarga pode influenciar de forma negativa a educação municipal, pois causa, entre outras questões, altos índices de absenteísmo, afastamentos médicos, prejudicando o atendimento aos alunos. Ainda entre os desafios sinaliza-se que poucos municípios estão dispostos a aderir à jornada única e exclusiva, à garantia de que 1/3 da jornada seja destinado a atividades que vão além de ministrar aulas e à redução do número de alunos por sala de aula. A partir dos resultados pretende-se elaborar um curso para os gestores municipais sobre o uso dos indicadores educacionais. Finalizando, espera-se que os dados possam ser utilizados por autoridades políticas e educacionais da região e, ao mesmo tempo, serem levados para os cursos de formação inicial e continuada de gestores escolares, promovendo o debate sobre os temas. Espera-se, por fim, ter contribuído para ampliar a compreensão sobre o fenômeno estudado.
Palavras-Chave Indicadores educacionais. Políticas educacionais. Esforço docente. Planos Municipais de Educação.
Ano 2020
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Autor(a) André Bueno Antonachi
Orientador(a) Prof. Dr. Carlos Alexandre Felício Brito
Título O USO DA ROBÓTICA COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA PARA O ENSINO DA FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
Resumo A presente pesquisa aborda a utilização da Robótica como estratégia didática para o ensino da Física no Ensino Médio. O problema investigado foi o de compreender como a Robótica pode potencializar o processo de ensino da Física para os alunos do Ensino Médio, sendo utilizada como ferramenta didática ao docente. O campo de pesquisa deste trabalho foi o Colégio Universitário da USCS, tendo como participantes alunos do primeiro ano do Ensino Médio. Os objetivos específicos elencados nesta pesquisa foram: verificar e analisar o conhecimento prévio dos alunos sobre os conceitos de Física básica; investigar as opiniões dos alunos sobre as experiências vivenciadas e elaborar um aplicativo que contenha simuladores dos conceitos de Física básica para facilitar o processo de ensino-aprendizagem para os professores do ensino médio, sendo que este último objetivo apresentou-se como produto educacional, item obrigatório nos programas de mestrado profissional. Para que estes objetivos fossem alcançados, utilizou-se do KIT LEGO MINDSTORMS EV3, um kit comercial de robótica que permitiu sua utilização como ferramenta didática nas atividades propostas em forma de oficinas com problematizações planejadas e pressupostos das práticas investigativas. Esta pesquisa é intervencionista e qualitativa e teve como levantamento de dados os diários de bordos utilizados em cada oficina, entrevistas com os alunos, questionário prévio, fotos e filmagens com dispositivo móvel. A pesquisa, por meio dos dados analisados, sugeriu que: os alunos apresentam dificuldades na apropriação dos conceitos da Física básica quando chegam ao Ensino Médio, sendo capazes de conhecerem fórmulas de cálculo, mas sem correlacioná-las ao seu uso no cotidiano; os alunos demonstraram grande interesse nas oficinas, sugerindo que o uso da robótica como ferramenta didática pode potencializar o ensino da Física, além de proporcionar um ambiente que desenvolve o trabalho em equipe, a tomada de decisões e iniciativa e, por fim, a robótica apresenta a característica multidisciplinar de aprendizado, favorecendo nas demais áreas do conhecimento. Como produto desta pesquisa, elaborou-se um aplicativo para smartphones com simuladores dos conceitos da Física básica, que facilita o processo de ensino-aprendizagem e o envolvimento dos alunos nas aulas.
Palavras-Chave Ensino e Aprendizagem. Tecnologia na educação. Robótica. Formação de professores. Ensino médio (física).
Ano 2020
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Autor(a) Augusto Santos Silva
Orientador(a) Profª. Drª. Elizabete Cristina Costa Renders
Título PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO CAMPO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: CONTRIBUIÇÕES DO DESIGN UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM
Resumo Propõe-se como objeto de estudo, o processo de trabalho pedagógico, no atendimento educacional especializado a alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem não vinculadas a uma causa orgânica especifica. A partir deste objeto de estudo emergiu a pergunta que motivou e direcionou o desenvolvimento desta pesquisa: Como desenvolver uma abordagem pedagógica mais inclusiva no processo de ensino aprendizagem junto ao grupo de alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem? Com o questionamento apresentado, delimitou-se como objetivo geral investigar como design universal para aprendizagem pode contribuir para a superação de barreiras de aprendizagem no trabalho junto aos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem? Como objetivos específicos da pesquisa elenco: (1) Constituir meios pedagógicos para a eliminação de barreiras no processo de ensino aprendizagem de alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, (2) Caracterizar um processo de ensino-aprendizagem com base nos princípios do design universal de aprendizagem, (3) Desenvolver um objeto de aprendizagem que contribua para o êxito acadêmico dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem. Partindo dos objetivos apresentados, com base teórica advinda do paradigma da inclusão e do design universal para aprendizagem, optou-se por um método combinado, foi realizada uma pesquisa narrativa com professores, mesclada com o desenvolvimento de um objeto de aprendizagem. O instrumento adotado foi a construção de um mapa de atividades apoiado nos princípios do design universal para a aprendizagem, sendo que foram realizados três ciclos de aplicação/avaliação/validação desse objeto de aprendizagem. Definiu-se como universo de pesquisa três salas de recursos descentralizadas, vinculadas a um centro de atendimento pedagógico especializado de uma rede pública municipal do grande ABCD paulista, localizada no estado de São Paulo. Os sujeitos foram três professores de educação especial que atuam no atendimento educacional especializado de alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem. Esta pesquisa também resultou em um mapa de atividades fundamentado no design universal para aprendizagem, o qual será apresentado em Blog sobre a abordagem pedagógica inclusiva baseada no design universal de aprendizagem.
Palavras-Chave Dificuldades acentuadas de aprendizagem. Design universal para a aprendizagem. Formação docente. Inclusão escolar. Objeto de aprendizagem.
Ano 2020
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Autor(a) Camila Lopes de Souza
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título PERCEPÇÕES DE PROFESSORAS SOBRE O BRINCAR ARRISCADO NA PRÉ-ESCOLA
Resumo Resumo O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo investigar as percepções que os(as) docentes da pré-escola da Rede Municipal de Educação de Santo André possuem sobre o brincar arriscado. Como objetivos específicos, procurou: i) identificar as compreensões do brincar e do brincar arriscado que os(as) professores(as) possuem; ii) identificar a ocorrência do brincar arriscado nas atividades cotidianas da pré-escola; iii) elaborar um plano de formação para a prática docente ao desenvolvimento do brincar arriscado nas unidades escolares. A questão que fomentou a investigação foi: quais são as percepções que os(as) educadores(as) da pré-escola do município de Santo André têm a respeito do brincar arriscado? A hipótese estabelecida pressupunha que estes(as) profissionais pouco compreendem o brincar arriscado no trabalho pedagógico com as crianças entre 4 e 5 anos. Tratase de uma pesquisa qualitativa que teve como técnica à coleta de dados entrevista semiestruturada com docentes de pré-escola. A fundamentação teórica concentra-se nos estudos e pesquisas de Tizuko Morchida Kishimoto, Gilles Brougère, Tim Gill, Maria Gabriela Portugal Bento, Illeana Wenetz. A análise dos dados revelou que as brincadeiras fazem parte do cotidiano das instituições, contudo, são em sua grande maioria, controladas e utilizadas para ensinar algo previamente definido, o que denota uma perspectiva escolarizante. Com relação às brincadeiras arriscadas, observa-se sua ausência, seja por falta de conhecimento sobre a temática, seja pelo receio das educadoras de serem responsabilizadas caso a criança se machuque, reafirmando, assim, a cultura do medo vigente na sociedade. Os dados demonstram, ainda, uma preocupaçao legítima das professoras com as crianças que gera uma tensão entre controle e cuidado, uma vez que, em defesa do cuidado, terminam por inviabilizarem experiências em que o risco possa ser benéfico para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. A partir destes resultados foi proposto um plano de intervenção para sensibilizar os(as) educadores(as) sobre as potencialidades do brincar arriscado no desenvolvimento das crianças. Com isso, ressalta-se a importância da formação do(a) professor(a) em serviço no intuito de melhor qualificar sua prática pedagógica.
Palavras-Chave Brincar arriscado. Pré-Escola. Risco. Formação Docente. Prática pedagógica.
Ano 2020
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Autor(a) Claudio Roberto Affonso
Orientador(a) Profª. Drª. Maria de Fátima Ramos de Andrade
Título O PROCESSO DE INDUÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE NO ENSINO TÉCNICO
Resumo A presente pesquisa de mestrado tem como objetivo geral investigar o processo de indução dos professores iniciantes do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa. Com relação aos procedimentos de pesquisa, inicialmente foi feito um levantamento, no banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), das produções científicas que tratam da temática professor iniciante e o processo de indução no contexto da Educação Básica. Já na pesquisa de campo, foram aplicados questionários e realizadas entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados obteve-se apoio dos estudos de Nóvoa, Fiorentini e Crecci, Shulman, Garcia, Mizukami, dentre outros autores que tratam, em especial, dos seguintes temas: formação inicial, desenvolvimento profissional e processo de indução. Os resultados permitem afirmar que os professores iniciantes da rede anseiam e sugerem um processo de indução que some às suas práticas, facilitando a compreensão e clareza das obrigações inerentes ao professor técnico. A partir dos resultados, como produto foi elaborada a composição de um projeto de indução. É um documento no formato ebook, com algumas diretrizes e sugestões para um bom processo de indução.
Palavras-Chave Professor Iniciante. Processo de Indução. Desenvolvimento Profissional. Formação de Professores. Formação Inicial.
Ano 2020
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Autor(a) Cristina Favaron Tugas
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR NA IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo No Brasil, a discussão sobre a qualidade da educação tem passado por vários momentos históricos e por muitas políticas públicas que, entre fracassos e poucos sucessos, deixaram a população descrente da capacidade do poder público de reverter a situação crítica que se implantou em vários setores da sociedade, principalmente na área da educação. Diante desse cenário surgiu em 2017 a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento de caráter normativo, que estabelece diretrizes para as escolas públicas e privadas do país. O documento em questão deve nortear a (re)elaboração de currículos adequados às necessidades de cada região e tem o objetivo de garantir aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas da Educação o Básica. Ao longo deste trabalho, abordarem-se pontos e contrapontos sobre o surgimento de uma base no País à luz de alguns estudos e documentos que discutem e analisam a BNCC, considerando-se que a BNCC, para a educação infantil e ensino fundamental, foi homologada em dezembro de 2017 e que os sistemas de ensino teriam que (re)elaborar seus currículos considerando as orientações da BNCC e implantá-lo a partir de 2020. Este projeto teve o objetivo de identificar e analisar as concepções dos gestores escolares sobre o processo de implementação do currículo na rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo- SP. Para dar conta de tal empreitada, construiu-se uma pesquisa de cunho qualitativo, do tipo exploratória. Os dados foram coletados por meio de entrevista realizada com seis diretores de escola com roteiro semiestruturado. Os resultados mostram que os diretores são favoráveis à BNCC por entenderem que é necessário termos um documento para orientar a construção dos currículos, mas consideram a BNCC muito ampla o que pode dificultar a revisão dos projetos pedagógicos das escolas. Outro aspecto identificado na pesquisa é que os professores não estão preparados para o desenvolvimento das competências gerais da BNCC o que representará um desafio a mais para gestão da escola. Por fim, os depoimentos dos gestores mostram que há esforços deles no sentido de implementar a gestão escolar democrática, mas as famílias não têm demonstrado muito interesse nessa participação. Como produto, mediante às necessidades apresentadas após as entrevistas, foi proposto um roteiro para a elaboração de um planejamento estratégico, pautado em uma ferramenta de gestão denominada Balance Scorcard (BSC).
Palavras-Chave Formação de Gestores. Gestão da Educação. Diretor de Escola. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Projeto político pedagógico.
Ano 2020
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Autor(a) Daniela Alves de Lima Barbosa
Orientador(a) Profª. Drª. Elizabete Cristina Costa Renders
Título ENSINO COLABORATIVO: CONTRIBUIÇÕES PARA A INCLUSÃO ESCOLAR
Resumo O Ensino Colaborativo é definido como um modelo de prestação de serviço de apoio, principalmente entre os atores da comunidade escolar, os quais partilham responsabilidades pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, os com e os sem deficiência. Esse modelo surgiu como uma possibilidade de atuação dentro do AEE e vem sendo assinalado como uma didática pedagógica promissora na busca pela escolarização do público alvo da educação especial – PAEE. Propôs-se como objeto de estudo analisar práticas no âmbito do Ensino Colaborativo. Partindo deste objeto emergiram algumas inquietações que motivaram e direcionaram o desenvolvimento desta pesquisa. Que práticas envolvidas no âmbito Ensino Colaborativo favorecem a inclusão escolar de educandos com deficiência? Qual a percepção dos professores acerca do Ensino Colaborativo? Com os questionamentos apresentados, delimitou-se como objetivo geral descrever práticas, no âmbito do Ensino Colaborativo, que favoreçam a inclusão escolar de educandos com deficiência. Como objetivos específicos da pesquisa elencamos: a) Investigar as percepções dos professores acerca do que é o ensino colaborativo; b) Caracterizar as práticas educativas descritas no âmbito do ensino colaborativo, que favoreçam a inclusão escolar; c) Elaborar coletivamente um material didático sobre o ensino colaborativo. Partindo dos objetivos apresentados, a pesquisa foi então realizada segundo abordagem qualitativa, por meio de aplicação de um questionário semiestruturado formulado no Google Forms, bem como uma autobiografia narrada. Definiram-se como universo da pesquisa uma escola pública na região do ABC Paulista, na modalidade do ensino fundamental. Os sujeitos foram: um professor da classe comum, um professor do Atendimento Educacional Especializado - AEE, um gestor escolar, um estagiário de educação, o pesquisador desta pesquisa através da sua autobiografia e um responsável pelo estudante com deficiência. Os resultados apresentados descreveram, dentre outras coisas, que o EC se configura para além da atuação conjunta entre docentes do ensino comum e da Educação Especial, envolve outros elementos os quais, somados, configuram a didática do Ensino Colaborativo, que é visto como uma possibilidade de aprendizagem articulada pelo AEE. Esta pesquisa apresentou como produto final um objeto de aprendizagem na forma de um Blog Colaborativo construído com alguns sujeitos da pesquisa, servindo também como diário de pesquisa e configurando-se como produto e processo ao longo do percurso investigativo. As práticas pedagógicas de colaboração aqui descritas através da autobiografia narrada revelaram que o Ensino Colaborativo pode contribuir para práticas inclusivas na escola regular. Os resultados apresentados descreveram, dentre outras coisas, os desafios de implementação e efetivação do Ensino Colaborativo. De modo geral a pesquisa corroborou com o que vem sendo delineado na literatura, de que o Ensino Colaborativo contribui para práticas inclusivas escolares.
Palavras-Chave Formação docente. Ensino Colaborativo. Inclusão Escolar. Educação Especial. Educação Inclusiva.
Ano 2020
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Autor(a) Daniela Maria da Siva
Orientador(a) Profª. Drª. Elizabete Cristina Costa Renders
Título PRÁTICAS EDUCATIVAS INCLUSIVAS COM OS SURDOS: O USO DE SINALÁRIO PARA COMPREENSÃO DO VOCABULÁRIO RELATIVO À GEOMETRIA
Resumo Resumo Foi proposto como objeto de estudo o desenvolvimento de um sinalário bilíngue em uma escola para estudantes surdos. A motivação para realização da presente pesquisa foi a percepção de que, durante as aulas de Geometria, os alunos tinham um vocabulário muito restrito, o que dificultava a comunicação e, consequentemente, a aprendizagem. Constatou-se ainda que não existia um mecanismo para trabalhar a ampliação deste vocabulário. Estabeleceu-se, portanto, como problema, a questão: de que maneira o desenvolvimento de um sinalário bilíngue poderia contribuir para ampliar o conhecimento sobre o vocabulário relativo à Geometria por alunos surdos? Delimitou-se como objetivo geral desta pesquisa analisar as contribuições do desenvolvimento deste sinalário bilíngue com a pretensão de facilitar e promover o aprendizado do vocabulário, especialmente em atividades extraclasse. Como objetivos específicos se estabeleceram (1) Identificação das barreiras de comunicação enfrentadas pelos surdos no contexto escolar, (2) busca de subsídios para os alunos surdos desenvolverem suas pesquisas e estudos, auxiliando-os na realização das atividades extraclasse (3) desenvolvimento de um sinalário bilíngue voltado ao aprendizado do vocabulário usado em Geometria. Partindo dos objetivos apresentados, o trabalho se deu como uma pesquisa de desenvolvimento, considerada como metodologia orientada pela teoria que objetiva superar as lacunas existentes entre teoria e a prática. O sinalário bilíngue foi utilizado pelos alunos por meio de um APP, produzido nesta atividade de pesquisa, onde atendeu aos princípios do Design Universal para Aprendizagem e teve como base os critérios para o desenvolvimento de objetos de aprendizagem. A presente pesquisa teve como referencial os seguintes autores: Braga (2014), CostaRenders (2018), Lacerda (2000 e 2006), Mantoan (2003), Nascimento (2016), Roncato (2017), Skliar (1997, 1998, 2000), Schlatter (2012), Sawaia (2017), Van Den Akker (1999). Os resultados alcançados foram os seguintes: o sinalário bilíngue ampliou o conhecimento sobre o vocabulário relativo à Geometria por alunos surdos; possibilitou rever o conteúdo em casa por meio de vídeos multimodais, permitindo que a busca por informação se estenda para além da escola, o que, sem dúvida, acresce no processo de aprendizagem do aluno. Os resultados apontaram para uma abertura de possibilidades de crescimento dos mesmos, o fortalecimento da relação entre aluno-pais-escola e maior confiança por parte das professoras no processo de ensino.
Palavras-Chave Formação de Professores. Educação Inclusiva. Libras. Sinalário bilíngue. Objeto de Aprendizagem. Geometria.
Ano 2020
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Autor(a) Daniela Silva e Costa Santana
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO DOCENTE: SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DE BEBÊS
Resumo Resumo Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como questionamento: quais os saberes necessários que o Assistente Pedagógico (AP) precisa ter para realizar com os docentes um trabalho formativo que atenda às especificidades da educação de bebês? O objetivo geral foi o de identificar os saberes dos APs necessários para sua atuação como formador de professores de bebês, a fim de elaborar propostas que auxiliem a qualificar seu trabalho. Parte do pressuposto de que a formação continuada, dentro dos espaços da creche e mediada pelo AP, é relevante, visto contribuir com o desenvolvimento profissional do docente e, consequentemente, com a transformação de sua prática pedagógica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como procedimentos metodológicos: o levantamento e leitura de documentos oficiais do município de Santo André/SP, campo desta pesquisa, e questionário destinado aos APs e aos docentes que atuam com os bebês. Como referencial teórico, fez uma interlocução com os estudos e pesquisas de Vera Maria Nigro de Souza Placco, Laurinda Ramalho de Almeida, Vera Lúcia Trevisan Souza; António Nóvoa; Carlos Alberto Libâneo; Maria Clotilde Rosseti-Ferreira; dentre outros. Os resultados evidenciaram que os APs reconhecem a importância de suas funções como formadores e articulares do grupo docente. Tal reconhecimento também se fez presente entre os professores. Sobre os saberes necessários para atuarem na formação dos profissionais de berçário, tanto os APs quanto os docentes pontuam a indissociabilidade entre as funções de cuidar e educar, o reconhecimento e valorização das múltiplas linguagens dos bebês e o respeito às suas singularidades. As docentes ainda destacam a necessidade de uma escuta e observação atenta aos bebês de modo a conhecê-los e então planejarem os contextos educativos. Embora reconheçam a importância das formações externas, oferecidas pela Secretaria de Educação, APs e docentes citam o distanciamento entre a realidade vivida nas creches e estas formações, pontuando a necessidade de haver temáticas específicas para a educação de bebês e que estas dialoguem com o cotidiano das instituições. Conclui-se que a formação continuada dentro da creche é importante e traz elementos relevantes para repensar a prática docente, contudo, há a necessidade de investimentos da Rede Municipal na formação do AP para ampliar seus saberes e, consequentemente, suas possibilidades de atuar com seu grupo, garantindo que todos os bebês recebam educação de qualidade que respeite suas especificidades e direitos. Frente aos resultados, o produto educacional desta pesquisa destina-se à formação dos APs de modo que se privilegie seus saberes, por meio de um blog, a fim de compartilhar experiências, além de promover discussão e reflexão sobre temáticas advindas da realidade da creche e específicas em relação à educação de bebês.
Palavras-Chave Formação docente. Saberes docentes. Assistente Pedagógico. Creche. Bebês.
Ano 2020
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Autor(a) Fatima Satin Pretti de Oliveira
Orientador(a) Prof. Dr. Ivo Ribeiro de Sá
Título LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: AÇÃO DOCENTE E USO DAS TECNOLOGIAS NO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo Resumo Muitas inconsistências e instabilidades têm-se enfrentado a respeito do processo de desenvolvimento da leitura e da escrita de crianças bem como das práticas pedagógicas, nos anos iniciais do ensino Fundamental. As transformações culturais, cientificas e tecnológicas, por meio das TDIC (Tecnologias digitais de Informação e Comunicação), têm exercido influência no cotidiano das crianças e nas atividades dos docentes da área da educação cujas alterações provocadas por esta inserção tem sido destaque para o ensino das especificidades da leitura e da escrita exigindo atuações pedagógicas atualizadas para os ambientes escolares, atualmente, também digitais. Diante dos obstáculos expostos, torna-se fundamental investigar como os professores dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública municipal de São Caetano do Sul utilizam os recursos tecnológicos como instrumentos didáticos para o desenvolvimento da leitura e da escrita e, para tanto, verificar os conhecimentos que possuem sobre as tecnologias, verificar a percepção dos professores sobre o uso das tecnologias no processo de leitura e escrita, reconhecer como fazem a transposição da tecnologia conhecida para as aulas e elaborar um produto final como cumprimento da exigência do Programa de Mestrado Profissional. Sendo um estudo de natureza qualitativa e de caráter exploratório, optou-se pelo uso de questionário para a coleta de dados pessoais e profissionais dos professores, sujeitos desta pesquisa, e roteiro de entrevista semiestruturado para coleta de dados por meio de grupo focal. A população foi constituída por 1 pesquisadora, vinculada ao Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul e 6 professores que atuam nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, de Instituições diferentes e de bairros diversos porem dentro do Município citado. Para a obtenção dos dados de pesquisa por meio do questionário, optou-se pelo envio do documento via Google Form e os três encontros virtuais com entrevistas gravadas, transcritas, compiladas e analisadas por meio do Meet, também do Google. O retorno foi evidente quanto à escassez de conhecimento teórico sobre os temas abordados, à carência de retomada de estudos de atualização, ao uso equivocado e restrito das TDIC, à ausência de autonomia na atuação pedagógica, à insatisfação relacionada aos chamados Cursos de Formação. Os docentes que declararam não utilizar a internet argumentaram a falta de tempo para pesquisas e facilidade de conseguirem de seus colegas o que precisam. Entretanto explicitaram verbalmente uma motivação em ampliar seus conhecimentos técnicos, científicos e sobretudo práticos. Quanto à divulgação de resultados de pesquisa, ainda há que se retomar os resultados das Oficinas propostas que, por motivo do isolamento social causado pela COVID-19, serão realizadas assim que possível. Os dados mostram que as professoras dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de São Caetano do Sul, necessitam de maior compreensão teórica e prática sobre os termos atuais que regem a Educação com uso dos recursos tecnológicos. Nessa perspectiva um Curso de Formação com inserção de Oficinas, vinculando teoria à prática, torna-se um Produto diferencial podendo ser oferecido pela rede, com profissionais capacitados, atualizados e que ofereçam um Curso de qualidade objetivando minimizar a lacuna observada na formação pedagógica e fortalecer a autoestima dos profissionais.
Palavras-Chave Formação de professores. Práticas pedagógicas. Leitura e escrita. Multiletramentos. Ação reflexiva.
Ano 2020
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Autor(a) Franciane Aparecida da Silva
Orientador(a) Profª. Drª. Elizabete Cristina Costa Renders
Título O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONTRIBUIÇÕES DO DESIGN UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM
Resumo Resumo Propõe-se como objeto de estudo o desenvolvimento profissional docente no contexto da educação inclusiva com base no design universal para aprendizagem como um novo paradigma curricular. Neste cenário, se coloca a pergunta investigativa: como ocorre o desenvolvimento profissional docente no contexto de educação inclusiva e quais desafios podem ser superados com o design universal para aprendizagem? Assim, delimitou-se como objetivo geral identificar e analisar os princípios epistemológicos e pedagógicos que devem configurar a formação dos professores na perspectiva da educação inclusiva a partir das contribuições do design universal para aprendizagem. Como objetivos específicos da pesquisa, elencou-se: problematizar os reducionismos do desenvolvimento profissional docente na perspectiva da educação inclusiva; promover a reflexão sobre a prática docente no processo de ensino-aprendizagem inclusivo com base no DUA e contribuir para a difusão dos conceitos de educação inclusiva e DUA, com a colaboração de professoras de uma rede de ensino do Grande ABC paulista. Partindo dos objetivos apresentados, a investigação foi então desenvolvida segundo a metodologia da pesquisa narrativa. Os instrumentos adotados foram a caracterização do perfil docente e rodas de conversa virtuais. Definiu-se como universo da pesquisa uma rede de ensino do Grande ABC paulista. Os sujeitos foram quatro professoras, duas especialistas e duas da sala regular. A pesquisa se fundamentou nos seguintes referenciais teóricos: educação inclusiva, desenvolvimento profissional docente e design universal para aprendizagem. Os resultados apontaram para o fato de que as professoras realizam um trabalho que respeita e valoriza as diferenças, porém ainda em meio às tensões entre paradigmas: o antigo e o novo. Evidenciou-se ainda que esse novo paradigma curricular (DUA), não é um modelo fixo para solucionar todos os problemas da inclusão escolar, ele exige contextualização e flexibilização nos termos da educação emancipatória. A pesquisa apontou reducionismos epistemológicos e pedagógicos importantes como a persistência do modelo médico na formação de professores com a marcação da deficiência, a insegurança dos professores na atuação frente à diversidade dos estudantes e a falta de tempo para reflexão sobre a própria prática. Identificou-se ainda que, muitas vezes, as formações são prescritivas e descontextualizadas do cotidiano escolar, sem a aplicação dos princípios do DUA para nortear o fazer pedagógico. A necessária ampliação da influência do aluno no planejamento curricular foi apontada como um caminho possível para elaboração de práticas inclusivas mais efetivas. Ganha destaque nesse contexto o produto final de pesquisa que foi um Podcast com o tema “o grau de influência do aluno no planejamento curricular”.
Palavras-Chave Desenvolvimento profissional docente. Educação inclusiva. Design universal para aprendizagem. Educação emancipadora. Prática reflexiva.
Ano 2020
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Autor(a) Gisele Cristina Barbosa da Silva Trindade
Orientador(a) Prof. Dr. Ivo Ribeiro de Sá
Título OS SABERES DOCENTE DOS PROFESSORES INGRESSANTES NA ESCOLA TÉCNICA DO CENTRO PAULA SOUZA DE SANTO ANDRÉ: A CONSTRUÇÃO DOS SABERES PEDAGÓGICOS
Resumo Esse estudo buscou identificar como os docentes ingressantes da ETEC Jùlio de Mesquita de Santo André realiza a construção dos saberes docentes, práticas pedagógicas e didática. Utilizamos o estudo de caso para essa pesquisa pois o mesmo nos ajudou a compreender as orientações que os professores ingressantes recebem dos coordenadores pedagógicos junto aos alunos, como elaborar suas didáticas de aula, utilizar os saberes docente para melhor desempenho em suas aulas. Entrevistamos os docentes ingressantes e os coordenadores pedagógicos da escola citada acima, e pudemos verificar como eles constroem seus saberes e práticas docentes e pedagógicas. Através das respostas dos docente obtivemos material para verficar como os mesmos constroem suas práticas pedagógicas como elaboram suas didáticas nesse início de docência. Como resultados podemos indicar o discurso dos professores a respeito da formação pedagógica, saberes docente e didática como ingressante. Também mostramos a percepção do coordenador pedagógico a respeito da mesma temática citada acima. Como produto de pesquisa propomos um plano de recepção e acolhida dos professores ingressantes.
Palavras-Chave Professor ingressante. Ensino médio. Saberes docente. Práticas pedagógicas. Formação docente.
Ano 2020
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Autor(a) Giseli Pimentel Soares
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO DE CRIANÇAS HAITIANAS NO CONTEXTO ESCOLAR: DESAFIOS DA PRÁTICA DOCENTE
Resumo Resumo O município de Santo André (SP) possui atualmente cerca de 900 imigrantes haitianos que chegam em busca de oportunidades de emprego digno e por melhores condições de vida. Como professora da rede municipal, percebemos que, cada vez mais, as escolas recebem crianças haitianas que não falam o português, as quais acabam apresentando dificuldades em seu processo de aprendizagem, sobretudo na alfabetização em língua portuguesa. Isso nos faz pensar tanto nas dificuldades enfrentadas por essas crianças, quanto na situação do professor que não está preparado para recebê-las, pois o curso de Pedagogia não oferece formação para o ensino do português como língua estrangeira, ou como língua de acolhimento, isto é, nos contextos de ensino e aprendizagem da língua do país que acolhe imigrantes em situações forçadas e refugiados. Diante dessa situação, e com vistas a compreender como esse novo desafio tem sido enfrentado pela escola, buscamos com esta pesquisa investigar as práticas pedagógicas de professores na alfabetização e letramento de crianças haitianas que chegaram recentemente ao Brasil e que ainda não compreendem o português. Para tal, como referencial teórico, nos apoiamos em estudos de Maria do Rosário Longo Mortatti, Magda Soares e Roxane Rojo que tratam do ensino do português como língua materna, sobretudo na alfabetização, desde concepções tradicionais até a abordagem recente da Pedagogia dos multiletramentos; como também em estudos de José Carlos Paes de Almeida Filho e Edleise Mendes, sobre o ensino e aprendizagem do português como língua estrangeira, que defendem a abordagem comunicativa e intercultural. Consideramos ainda estudos de Mirelle Amaral de São Bernardo e de Maria José dos Reis Grosso que defendem a abordagem do português como língua de acolhimento. O método da pesquisa é exploratório, de abordagem qualitativa, cujos dados foram gerados por meio de entrevistas narrativas com professores que frequentemente recebem crianças haitianas em suas turmas. Os resultados da pesquisa apontam, entre outros aspectos, que as práticas das professoras ainda estão muito fundamentadas em concepções tradicionais de ensino da língua materna, desconsiderando as práticas sociais mediadas pela linguagem, bem como a natureza intercultural do contexto em que atuam, com a presença de imigrantes que não dominam o português. Com isso, destacamos, dentre os vários desafios desse professor alfabetizador: a transformação de suas concepções e crenças, reconhecendo a importância de se alfabetizar os alunos sob a perspectiva do letramento e multiletramentos; a superação de visões etnocêntricas; a compreensão de que a barreira linguística não impede o acolhimento, a interação e a aprendizagem. Concluímos que, para isso, é essencial que as escolas que recebem imigrantes pensem na formação desses professores, uma formação que parta das experiências e práticas vivenciadas pelos professores em sala de aula e lhes propicie refletir sobre elas. Como produto da pesquisa, elaboramos um material didático com sugestões de atividades para o professor alfabetizador que recebe em suas turmas crianças estrangeiras que ainda não dominam a língua portuguesa.
Palavras-Chave Alfabetização de imigrantes haitianos. Multiletramentos. Interculturalidade. Formação do professor alfabetizador. Língua de acolhimento.
Ano 2020
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Autor(a) Iristeu Gomes Barboza
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título DOCÊNCIA MASCULINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONCEPÇÕES DE GESTORES E DE GESTORAS ESCOLARES
Resumo O reduzido número de homens em comparação ao número de mulheres atuando na Educação Infantil é visível. Assim sendo, esta pesquisa, de natureza qualitativa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, na linha de Pesquisa “Formação de Professores e Gestores”, teve como questão de pesquisa: Como o gestor e a gestora escolar de Educação Infantil gerenciam situações cotidianas que envolvem a atuação de profissionais do sexo masculino no trato com criança nesse nível de ensino? O objetivo geral foi, então, compreender as concepções de gestores e de gestoras escolares de Educação Infantil acerca da atuação de homens nesse nível de ensino. Para alcançar esse objetivo, os seguintes caminhos foram delineados: a) localizar as escolas de Educação Infantil nas cidades de São Caetano do Sul e Mauá que têm professores do gênero masculino exercendo a docência nesse nível de ensino; b) verificar como os gestores e as gestoras dessas escolas lidam com situações inerentes à atuação masculina nos atos de cuidar e educar; c) identificar como os gestores e as gestoras dessas escolas encaminham as demandas familiares em relação à atuação de homens para com as crianças; d) propor um plano de ação educacional com foco em educação e gênero na escola de Educação Infantil. Os dados foram coletados com um gestor e seis gestoras de seis escolas municipais de Educação Infantil dos municípios de São Caetano do Sul e Mauá, na região do Grande ABC paulista, por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado. De posse dos depoimentos dos participantes da pesquisa, os dados foram agrupados, categorizados e analisados na perspectiva da análise de conteúdo de Bardin (2011). As seguintes categorias de análise surgiram: 1) Percepção de pais sobre a atuação de professores homens na Educação Infantil; 2) Gestão de conflitos na escola de Educação Infantil; 3) O professor homem e o cuidar na escola de Educação Infantil; e 4) O papel da gestão na naturalização da docência masculina na escola de Educação Infantil. Em geral, os resultados mostraram que a chegada de um professor homem nas escolas de Educação Infantil causa receio, tanto por parte dos gestores e das gestoras como por parte dos pais. Esse receio está atrelado ao fato de que os pais não consideram viável que professores homens tenham contato físico com as crianças por considerarem que essa é uma atividade para as professoras. Os resultados mostram também que as discussões sobre gênero não são comuns nas escolas de Educação Infantil, mas, com a chegada de um professor, o assunto aflora entre os adultos, mas não entre as crianças que são pequenas e não têm essas preocupações. Outro achado da pesquisa é que, diante dos conflitos causados na escola por conta da chegada de professores (homens), os gestores buscam equacionar o problema propondo diálogo com os pais os quais são fundamentados teoricamente e na legislação vigente. Por fim, verificou-se que, apesar das diferenças territoriais e econômicas entre os municípios investigados, não existem diferenças significativas entre as gestoras e os gestores acerca da atuação do professor homem nas escolas de Educação Infantil. Como produto final, considerando as concepções dos participantes da pesquisa, bem como o cenário político atual, foi proposto o plano de ação “Gestão Escolar e Gênero: uma discussão necessária em tempos incertos”, que poderá servir de referência para gestores escolares fazer uma discussão da temática com professores, tendo como foco a educação em direitos humanos, diversidade e gênero no ambiente escolar.
Palavras-Chave Formação de gestores. Gestão da Educação. Educação Infantil. Educação e gênero. Professores homens na Educação Infantil.
Ano 2020
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Autor(a) Juliana Andrade Vieira
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título A JUDICIALIZAÇÃO DO ACESSO À CRECHE NO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ/SP: DESAFIOS DOS GESTORES PARA UM ATENDIMENTO DE QUALIDADE
Resumo Esta dissertação tem como tema a judicialização de acesso às vagas em creches municipais de Santo André, município localizado na região do ABC Paulista, SP. O objetivo geral da pesquisa foi conhecer os desafios relacionados à qualidade do atendimento em creches apontados pelas gestoras frente às dificuldades geradas pela insuficiência de vagas. Quanto aos procedimentos metodológicos, a pesquisa se caracterizou como um estudo de caso, de abordagem qualitativa, que combinou diferentes técnicas de coleta de dados para atingir os objetivos específicos: i) pesquisa documental, visando o mapeamento da distribuição das matrículas por liminares entre 43 creches municipais nos anos de 2018 e 2019; ii) questionário aplicado à totalidade das gestoras de creche com o objetivo de identificar os pontos críticos relacionados à qualidade do atendimento com base nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil (IQEI) do Ministério da Educação (2009); iii) realização de Grupo de Discussão com as diretoras das cinco creches com maior número de matrículas por liminares nos anos de 2018 e 2019, para conhecer os desafios da gestão escolar relacionados à qualidade do atendimento. Os resultados evidenciaram que, das sete dimensões de qualidade avaliadas, as principais dificuldades relacionam-se à insuficiência e/ou inadequação dos espaços, materiais e mobiliário e à formação e condições de trabalho dos profissionais que atuam nas creches municipais de Santo André. Os principais desafios apontados referem-se às estratégias necessárias para lidar com berçários superlotados, com a elevada proporção criança/adulto e com a adaptação de ambientes, fatores que acabam afetando a qualidade das experiências de aprendizagem e as interações das crianças com o meio natural e social que as creches deveriam prover. O estudo permite afirmar que as dimensões de qualidade que dependem do trabalho e comprometimento dos profissionais que atuam nas creches, em geral, estão em um “bom caminho”; contudo, aquelas que dependem diretamente do investimento e dos cuidados do poder público merecem ainda muita “atenção”, especialmente nas unidades que atendem a população mais vulnerável do município de Santo André. Conclui-se, assim, que o fenômeno da judicialização da educação em creches agrava as carências existentes pela incapacidade do Estado de arcar plenamente com seu dever no que tange à educação infantil. Como produto desta pesquisa, propõe-se a produção de um documentário visando ampliar o alcance dos conhecimentos sobre a problemática estudada e impulsionar as mudanças necessárias para fazer valer os direitos das crianças à proteção e a uma educação infantil com qualidade social.
Palavras-Chave Judicialização. Creches. Qualidade da Educação. Gestão Escolar. Santo André.
Ano 2020
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Autor(a) Kauê Raoni Ondei
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título GESTÃO DA FORMAÇÃO DOCENTE: UMA PROPOSTA COM FOCO EM COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
Resumo A presente pesquisa teve como objetivo geral identificar o perfil dos docentes à luz de suas competências socioemocionais, evidenciando conteúdos aderentes a uma proposta para a gestão escolar sobre formação docente. Para tal, realizou-se uma pesquisa de natureza descritiva-quantitativa, a qual buscou atender aos objetivos específicos do estudo que expressaram a intenção de verificar a intensidade de ocorrência sobre os seguintes fenômenos: competências socioemocionais dos docentes, conteúdos potenciais de formação ou apoio às competências socioemocionais; preferências em relação ao perfil dos formadores sobre as práticas e estrutura de formação docente. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário padronizado e estruturado em três blocos, para autopreenchimento. O primeiro referiu-se ao perfil dos respondentes, o segundo bloco identificou a opinião e as preferências sobre formação continuada e, por fim, o terceiro bloco coletou dados sobre o perfil dos docentes à luz das competências socioemocionais. Os resultados deste estudo evidenciaram que os docentes ainda apresentam um espaço a ser trabalhado em competências socioemocionais. Nesse sentido também evidenciaram conteúdos potenciais de formação, bem como preferências em relação ao perfil dos formadores, sobre as práticas e estrutura de formação docente. Portanto, esse conjunto de achados possibilita que a gestão estruture intervenções voltadas para formação com foco em competencias socioemocionais. Estas constatações evidenciam a contribuição desta pesquisa, tendo em vista o fornecimento de um instrumento de coleta de dados que incorpora a escala de competências socioemocionais do Big Five, e indicadores para avaliação do perfil de formador mais ajustados as expectativas dos docentes, bem como, uma diversidade de conteúdos de formação que pode ser utilizado ou ajustado para replicações de coleta de dados em outras experiências. Nesse sentido, esse instrumento torna-se um relevante recurso para a gestão planejar a formação dos docentes das unidades escolares com foco em competências socioemocionais, produto elaborado com os achados da pesquisa.
Palavras-Chave Gestão Escolar. Competências socioemocionais. Formação docente. Formador de docentes. Big Five.
Ano 2020
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Autor(a) Leonardo Birche de Carvalho
Orientador(a) Prof. Dr. Ivo Ribeiro de Sá
Título A COMPREENSÃO DE PROFESSORAS E PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE O TEATRO NA EDUCAÇÃO
Resumo A Lei Federal No 13.278, de 2 de maio de 2016, definiu que o componente curricular Arte deve ser constituído por quatro linguagens artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. No entanto, os cursos superiores de Pedagogia, que formam grande parte das professoras e professores que lecionam os diferentes componentes curriculares, entre eles Arte, nos anos Iniciais do Ensino Fundamental, não sofreram alterações em seus currículos para contemplar as quatro linguagens artísticas. Além dessa característica da formação de pedagogas e pedagogos, tanto o número de cursos de formação de licenciatura nas quatro linguagens artísticas, quanto o número de ingressantes nesses cursos não tem aumento significativo desde 2010. Diante desse cenário, apesar da obrigatoriedade do ensino linguagem artística Teatro na educação básica prevista em lei e da potencialidade educacional do Teatro para a formação e desenvolvimento dos indivíduos, para o exercício de conscientização da realidade objetivando a sua transformação, e como possibilidade de emancipação do sujeito, aparentemente o desenvolvimento de um trabalho no interior da escola que contemple essa linguagem está longe de ser alcançado. Esse alcance depende, entre outros fatores, do conhecimento que as professoras e professores possuem sobre a linguagem artística Teatro e como a interpretam. Nesse sentido, esta investigação teve como problema de pesquisa: Quais as compreensões de professoras e professores de escolas públicas (municipais, estaduais e federais) do Estado de São Paulo sobre a pratica e o uso do Teatro nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental? O Objetivo geral foi investigar a compreensão de professoras e professores de escolas públicas (municipais, estaduais e federais) do Estado de São Paulo sobre a pratica e o uso do Teatro nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A metodologia da pesquisa e descritiva, quali-quantitativa, com delineamento de levantamento de campo (survey), e teve como instrumento de coleta questionário com perguntas abertas e fechadas, com 326 respondentes validos. Os dados quantitativos foram processados no software SPSS 23, e os dados qualitativos no software IRaMuTeQ. O referencial teórico utilizado e centrado em autoras e autores da educação em teatro, como Slade, Spolin, Reverbel, Boal e Lopes, autores da educação, como Vigotski e Catterall, em Moscovici, sobre a Teoria das Representações Sociais, utilizando a abordagem estrutural das Representações Sociais, de Abric. A pesquisa verificou que o teatro não é abordado na formação docente, fato que leva os docentes a não utilizarem praticas ou jogos teatrais na escola. Apesar disso, o teatro e considerado importante no contexto escolar pelos docentes, sendo um recurso didático para o ensino de diversos outros componentes curriculares. A Representação Social dos docentes sobre o teatro tem como Núcleo Central elementos abstratos e que se relacionam com ideias que envolvem o teatro e seus efeitos ou funções, deixando os elementos concretos e técnicos do teatro que são combinados para a materialização e execução de uma obra teatral no Sistema Periférico. Os resultados da pesquisa indicam que há oportunidade para ampliar a presença do teatro na escola, a partir da formação docente, seja ela inicial, em serviço ou em educação não formal. Para tanto, o produto proposto e uma ação formativa sobre o teatro e suas possibilidades no contexto escolar, tendo docentes como público-alvo.
Palavras-Chave Teatro na escola. Teatro nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Educação em teatro. Formação docente. Representações sociais.
Ano 2020
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Autor(a) Liliane Silva Costa
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E O CONSELHO MIRIM: PARTICIPAÇÃO INFANTIL E A APRENDIZAGEM POLÍTICA
Resumo O Conselho Mirim (CM) constitui-se em uma organização de representatividade estudantil infantil que se faz presente em algumas escolas do Município de Santo André, no estado de São Paulo. Na Rede Municipal de Santo André, o CM se insere no plano organizacional de suas escolas de Educação Infantil e Fundamental I como forma de garantir a representatividade estudantil, assim como o estímulo ao protagonismo infantil. Trata-se de um espaço criado para possibilitar aos alunos participarem ativamente das propostas educacionais, tendo voz e vez nas decisões pedagógicas, financeiras e administrativas da escola. Desse modo, esta pesquisa foi realizada com os objetivos de conhecer e analisar as possibilidades e limites do Conselho Mirim como instrumento de implementação da gestão escolar democrática em escolas municipais de Santo André. Em termos mais específicos, busca-se: identificar as concepções dos gestores das escolas participantes acerca da atuação do Conselho Mirim na implementação de uma gestão escolar democrática; verificar se as práticas do Conselho Mirim, nas escolas investigadas de Santo André, caracterizam-se como de protagonismo autônomo, de colaboração ou dependência; elaborar um guia prático de como criar um CM, tendo como foco o protagonismo infantil nas escolas municipais de Santo André. Para dar conta desses objetivos, elegeu-se a abordagem qualitativa de pesquisa, por meio de duas técnicas de coleta de dados: entrevista semiestruturada e círculo de cultura. Os depoimentos dos participantes foram codificados, categorizados e interpretados sob a perspectiva da análise da teoria fundamental de John W. Creswell. Os resultados mostram que o CM é um influente canal de práticas Democráticas e, se acontecer de forma permanente, pode ser um Instrumento de implementação da gestão escolar democrática. Por ser composto por crianças, o CM revela uma singularidade exigindo formação diferenciada para os mediadores dessa representatividade infantil com vistas ao aperfeiçoamento dessa liderança. Além disso, os resultados sugerem que o CM tem potencial para a formação de uma educação política eficiente, que pode ajudar a ressignificar a realidade escolar dos estudantes, desde que este projeto tenha investimento por parte do poder público. Em face dos resultados obtidos nesta pesquisa, assim como em consideração aos desafios enfrentados pelos conselheiros mirins e vice-diretores de escola, foi proposto um Guia Prático sistematizando a implementação do Conselho Mirim nas escolas municipais de Santo André, com intuito de unificar alguns procedimentos no processo de implementação do CM em tais escolas do município.
Palavras-Chave Formação de Gestores. Gestão Escolar. Gestão escolar democrática. Protagonismo infantil. Conselho Mirim.
Ano 2020
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Autor(a) Lucilene Ferreira
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DO BERÇÁRIO: A PERCEPÇÃO DE DIRETORAS DE CRECHE DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ
Resumo A qualidade na educação é um termo complexo, histórico, polissêmico, socialmente determinado, que apresenta diferentes entendimentos a partir dos conhecimentos, das experiências e das aproximações envolvidas no processo. Este estudo com abordagem qualitativa e natureza exploratória buscou identificar e analisar as ações que os diretores de creche consideram importantes para a melhoria da qualidade do berçário na cidade de Santo André. Para coleta de dados foram utilizadas a análise documental e entrevista com diretoras de creches e como parâmetro de qualidade utilizou-se principalmente dos Indicadores de Qualidade para Educação Infantil (2009). Os resultados mostraram que as diretoras consideraram várias questões para melhora a qualidade dos berçários. Entre elas, a infraestrutura, formação de professores e de diretores, planejamento da rotina, trabalho colaborativo, relações interpessoais, mediação do diretor, relação família e creche, ações do poder público e avaliação. Uma questão se apresentou como preocupante. Trata-se do fato de que as diretoras não reconheceram a melhoria do espaço social como condição para a melhoria da qualidade do berçário. Tal fato, denota uma fragilidade na formação dessas profissionais. Esse achado se constitui em uma parte relevante deste presente estudo, qual seja conhecer que essas profissionais não atribuem ao espaço extraescolar uma parte da qualidade, uma situação que reservaria somente para a escola o fardo de realizar a formação e o desenvolvimento dos bebês e das crianças com qualidade, no berçário. Os dados encontrados, que serão transformados em um e-book para futuras consultas, podem ser utilizados para fomentar discussões no nível das secretarias de educação, das escolas, dos diretores e dos professores. Ao mesmo tempo, eles podem ser levados para as unviersidade para promover a formação dos gestores.
Palavras-Chave Creche. Infância. Berçário. Diretores. Qualidade.
Ano 2020
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Autor(a) Marco Antonio Spada
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO TÁCITO ENTRE PROFESSORES: UMA ALTERNATIVA DE FORMAÇÃO DOCENTE
Resumo O campo da gestão da educação com o foco na formação continuada do professor do Ensino Fundamental da rede pública está inserido neste estudo devido à intencionalidade de analisar a forma estrutural da socialização do conhecimento tácito como alternativa de formação continuada, no âmbito da relação entre professores e suas próprias atuações no Ensino Fundamental, de uma mesma unidade educacional ou unidades distintas. A análise específica deste estudo buscou a) identificar fatores de influência no âmbito da socialização do conhecimento tácito, nas vertentes do compartilhamento e do desejo de usar este conhecimento; b) delinear um modelo teórico de relacionamento entre fatores influenciadores e os construtos operadores da socialização do conhecimento tácito, sobretudo analisar consistência e significâncias das relações entre os professores; c) Identificar elementos de constituição de espaços de interações dialógicas cujo objetivo é viabilizar a socialização de conhecimento tácito, que inclui modelos de formação e característica de formadores, no âmbito da profissionalização docente. Como método para o presente estudo, foi utilizada pesquisa descritiva-quantitativa, com amostra não probabilística de 93 professores da rede pública, com atuação no Ensino Fundamental, na Região do Grande ABC. Os dados foram coletados por autopreenchimento de formulário disponibilizado na plataforma Google.Forms. O modelo teórico foi expresso pelo relacionamento dos fatores antecedentes Benevolência, Capacidade, Integridade, Clima Escolar e Liderança do Gestor Escolar com Disposição de Compartilhar e com Disposição de Usar o conhecimento tácito, sendo mediados pelas Confianças baseada na Cognição e Confiança baseada no Afeto. Os resultados, obtidos por modelagem de equações estruturais, com o apoio do software PLS 3, revelaram que ‘Compartilhar’ e ‘Usar’ o conhecimento tácito apresentam caminhos parcialmente distintos para sua efetivação, o que faz impor ao gestor o desafio de incluir ao perfil do docente formador o reconhecimento de seu status de Confiança baseada na Cognição e o seu status de Confiança baseado no Afeto, elementos, estes, que evidenciaram sentimentos apresentados pelo grupo ou docente individual a ser formado. Outros resultados revelaram que a preferência dos docentes entrevistados sobre o processo de socialização do conhecimento vai ao encontro de estratégias colaborativas de formação profissional, pois subsidiam a gestão escolar acerca das expectativas dos docentes quanto ao perfil do formador: características e da estruturação dos espaços e formatos de formação continuada/formação profissional. Como produto educacional decorrente deste estudo é tutorial para tomada de decisão pela gestão escolar com foco na socialização do conhecimento tácito entre professores enquanto uma das alternativas de formação profissional continuada.
Palavras-Chave Gestão Escolar. Conhecimento Tácito. Formação Profissional Continuada. Ensino Fundamental Público.
Ano 2020
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Autor(a) Maria Aparecida do Nascimento Gonçalves
Orientador(a) Profª. Drª. Elizabete Cristina Costa Renders
Título A PRÁTICA DOCENTE NA PERSPECTIVA DO CURRÍCULO ACESSÍVEL: APROXIMAÇÕES COM O DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM
Resumo Esta pesquisa insere-se no contexto da transversalidade da educação especial nas escolas brasileiras, considerando as recentes discussões sobre o currículo como um elemento da problemática da atividade educacional inclusiva. Teoricamente, este percurso investigativo fundamentou-se no paradigma da inclusão, na teoria de currículo e no desenho universal para aprendizagem. Propõe-se como objeto de estudos as experiências inclusivas vivenciadas nos espaços de uma unidade escolar na região do ABC paulista. A pergunta que norteou este estudo foi: de que maneira o desenho universal para a aprendizagem (DUA) pode qualificar a prática docente no sentido da construção do currículo acessível no contexto das unidades escolas? Nessa perspectiva, o objetivo geral foi investigar como o DUA pode contribuir para a construção do currículo acessível no contexto das unidades escolares. A hipótese apresentada foi que o DUA contribui para o acesso de todas as pessoas ao mesmo percurso curricular, evitando a necessidade de produtos e ambientes exclusivos para as pessoas com deficiência. Objetivou-se de modo mais específico: 1. Caracterizar um currículo acessível, fundamentado nos princípios do DUA; 2. Promover a reflexão sobre o currículo acessível com professoras por meio de oficinas sobre o DUA. 3. Construir um inventário do DUA que contribua para a qualificação da prática docente no processo. Partindo dos objetivos apresentados, a pesquisa foi desenvolvida segundo uma abordagem intervencionista, por meio da realização de rodas de conversa e entrevistas semiestruturadas. Definiu-se como universo da pesquisa uma escola da rede pública municipal localizada na região do ABC paulista. Os sujeitos de pesquisa advêm de dois grupos diferentes, sendo três professoras de uma unidade escolar e três professores/pesquisadores do grupo de estudos ACESSI, com prática educacional em escolas e com conhecimento a respeito do DUA. Os resultados apontados com a contribuição do DUA foram os seguintes: Percepção da existência de um descompasso nas práticas pedagógicas, o que impunha barreiras na aprendizagem dos alunos; envolvimento, interesse e engajamento, por parte das professoras, na busca de novas estratégias de ensino para transformar o percurso de ensino aprendizagem; planejamento coletivo de como apresentar o mesmo conteúdo em diferentes formas, a partir da aplicação dos princípios do DUA; Construção de uma comunidade de conhecimento sobre abordagem curricular e aplicação dos princípios do DUA no sentido da prática pedagógica inclusiva. Esta pesquisa também resultou em um objeto de aprendizagem, um inventário, baseado nos princípios do desenho universal para aprendizagem, que foi o instrumento para o tratamento analítico dos semanários e que contribuiu na construção do currículo acessível na escola, visando ao pleno desenvolvimento de todos os educandos.
Palavras-Chave Educação Inclusiva. Educação Especial. Currículo acessível. Formação Docente. Desenho universal para aprendizagem.
Ano 2020
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Autor(a) Maria Aparecida Nobre Santana
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA PÚBLICA PAULISTA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NO SEU PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
Resumo A gestão democrática na escola pública paulista está alinhada com os princípios vigentes na nova ordem constitucional. Assim, com a aprovação da Constituição Federal de 1988 que consagrou a gestão democrática do ensino público como princípio, o direito à educação ganhou detalhamento e amplitude os quais estão reproduzidos nas Constituições Estaduais e, portanto, na Constituição paulista. Nesta rede de ensino, a gestão escolar democrática encontra-se pautada, dentre outros, tanto nos princípios constitucionais quanto nas orientações advindas de marcos regulatórios importantes como a Lei de Diretrizes e base da educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente e os Planos Nacional e Estadual de Educação. Desse modo, esta pesquisa foi empreendida com a intenção de responder à seguinte indagação: como se configura a gestão escolar na perspectiva dos diretores da Rede Estadual Paulista de Ensino? Assim, teve como objetivo geral identificar e analisar a implementação da gestão escolar democrática em seis escolas desta rede de ensino. De modo mais específico intentou analisar as concepções dos diretores das escolas investigadas sobre a gestão escolar democrática, assim como compreender os caminhos e percalços percorridos por eles para assumir a gestão escolar. Para dar conta dos objetivos ora propostos, optou-se pela abordagem qualitativa de pesquisa cujos dados foram obtidos por meio da realização de um Grupo de Discussão com seis diretores desta rede de ensino. Esses diretores atuam em escolas localizadas em diferentes bairros da cidade de São Paulo. Os depoimentos dos participantes desta pesquisa foram organizados e discutidos na perspectiva na Análise de Prosa proposta por Marli André. Os resultados mostram que a gestão escolar democrática, na escola pública paulista, embora ainda seja um processo em construção e, portanto, não consolidada, é possível e não se constitui numa utopia. Além disso, os diretores com menos tempo de experiência mostram-se mais abertos às mudanças e à proposição de alternativas para ampliar a participação das famílias na gestão escolar numa perspectiva mais democrática. Os diretores veteranos, embora defensores da gestão democráticas são mais conservadores e menos adeptos às mudanças no cotidiano escolar. Com relação aos caminhos e percalços que os diretores trilharam até chegar na direção da escola, os participantes foram enfáticos em dizer que, apesar dos desafios que fazem parte desta função, buscaram a gestão escolar porque acreditam no potencial da escola pública no processo de formação humana e transformação social. Por fim, considerando os achados desta pesquisa, como produto final, foi proposto um Plano de Ação Educacional com foco na implementação da gestão escolar democrática.
Palavras-Chave Formação de gestores. Gestão escolar. Gestão escolar democrática. Diretor de escola. Secretaria da Educação de São Paulo (SEDUC).
Ano 2020
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Autor(a) Maria de Lara Terna Garcia Mancilha
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título O CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE SANTO ANDRÉ: CONCEPÇÕES, HISTÓRIAS E MEMÓRIAS (2005 – 2016)
Resumo Esta dissertação buscou resgatar o percurso histórico da construção do currículo do município de Santo André, localizado no ABC Paulista, entre 2005 e 2016 com a finalidade de compreender as concepções curriculares que têm orientado a prática pedagógica dos profissionais dessa rede de ensino. Esta pesquisa de abordagem qualitativa combinou a análise de documentos com as concepções de currículo dos profissionais de educação, explícita ou implicitamente, reveladas em entrevistas semiestruturadas. Resgatar fragmentos de memórias do currículo deste município torna-se relevante para a construção da identidade educacional dessa rede de ensino. Como referencial teórico, o estudo respalda-se nas contribuições de Michael W. Apple, Miguel Arroyo, Stephen J. Ball, Antonio Flavio Moreira, Tomaz Tadeu da Silva, José Gimeno Sacristán, Jurjo Torres Santomé e Vera Candau. Os resultados obtidos se configuram a partir do cotejamento entre as categorias de análise que emergiram dos achados documentais e as extraídas das entrevistas. Os documentos indicam a existência de certo hibridismo teórico das concepções que perpassaram as políticas curriculares das três gestões administrativas analisadas. As enunciações dos sujeitos revelam a riqueza da história curricular deste município, ao mesmo tempo que evidenciam discursos contraditórios que expressam as formas peculiares de subjetivação das experiências curriculares vividas por eles. Como conclusão, o estudo sustenta a necessidade de fortalecer as políticas curriculares desta rede de ensino como forma de resistir à uniformização hegemônica para qual caminhamos. Como produto e contribuição deste trabalho a futuros pesquisadores e aos profissionais de educação emerge a organização de um acervo virtual a partir dos fragmentos curriculares que compõem a história e a concepção de currículo do município de Santo André entre os anos 2005 e 2016.
Palavras-Chave Currículo. Políticas Curriculares. Coordenador Pedagógico. Ensino Fundamental. Santo André.
Ano 2020
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Autor(a) Maria Isabel Bezerra de Lima
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título A INTERAÇÃO DAS CRIANÇAS COM A NATUREZA: ENTRE AS PERCEPÇÕES DOS DIRETORES E AS INDICAÇÕES DOS DOCUMENTOS OFICIAIS DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ
Resumo Promover a Educação Ambiental é papel das instituições de ensino, inclusive a creche. Para além de uma Educação Ambiental que tenha como foco a sustentabilidade e a garantia de condições de vida para as gerações futuras, essa pesquisa se propôs discutir a Educação Ambiental como condição para a vida presente a partir da interação da criança com a natureza. No intuito de cumprir esse objetivo, buscou-se em documentos de creches municipais de Santo André, nas políticas públicas do município e na percepção de gestores de creches entender em que medida se propicia condições para que as crianças de creche vivenciem essas interações com e na natureza. Embora o município apresente políticas públicas de Educação Ambiental e os diretores manifestem que o trabalho com Educação Ambiental está presente nas creches, observou-se que as ações de Educação Ambiental estão mais voltadas a ideia de preservação dos recursos naturais. Assim, como parte integrante desse estudo será elaborado um E-book cujo conteúdo inspire ações de Educação Ambiental atreladas a interação da criança com a natureza.
Palavras-Chave Infância. Interação. Natureza. Diretor. Políticas Públicas.
Ano 2020
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Autor(a) Marina Aparecida Garrido
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título UMA ANÁLISE DAS DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NO CURRÍCULO DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ
Resumo Este estudo analisa as diretrizes relacionadas à Educação em Direitos Humanos (EDH), voltadas para o Ensino Fundamental, anos iniciais, presentes nos documentos curriculares do município de Santo André. Para dar conta do objetivo foi utilizada a pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, a partir da análise dos documentos curriculares do município de Santo André. Os resultados mostram que os documentos, possuem uma organização clara, com objetivos declarados, fundamentação teórica atual e de acordo com as concepções de educação, de criança, entre outras. Os materiais possuem qualidade textual, trazendo as diretrizes para a educação, em geral, e para o Ensino Fundamental, em particular. Destaca-se que nos documentos o tema Educação em Direitos Humanos não aparece de forma explicita, ele é abordado em alguns componentes, mas sobretudo no de História, onde estão alocados os objetos de conhecimento, indicando o estudo das culturas afro-brasileira e indígena, da pluralidade das culturas, do Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outros, questões, de fato, relevantes para a compreensão de elementos de dominação e de discriminação sofridas por africanos e índios. Essa concentração de uma parte da EDH somente em um componente curricular torna-se, sem dúvida, uma questão desfavorável, no sentido que impinge um peso muito grande a esta disciplina, indicando, pelo menos no texto do currículo, que as outras disciplinas não devem trabalhar as questões da EDH. Trata-se de uma situação inadequada, pois a EDH tem de ser tratada de forma transversal, interdisciplinar, participativa e coletiva. Por fim, os dados mostraram também que os documentos não trazem referências para as escolas em relação à criação de uma cultura de paz, e nem em relação às questões de combate ao bullying escolar. A partir dos resultados tem-se como produto a elaboração de um E-book. Espera-se que as análises aqui realizadas contribuam com aqueles municípios que desejam elaborar ou reelaborar suas propostas curriculares. Neste sentido, a presente pesquisa pode contribuir com a discussão sobre a Educação em Direitos Humanos.
Palavras-Chave Educação em Direitos Humanos. Ensino Fundamental, anos iniciais. Documentos curriculares. Políticas Educacionais.
Ano 2020
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Autor(a) Mauricio Vieira
Orientador(a) Prof. Dr. Carlos Alexandre Felicio Brito
Título DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO COMPUTACIONAL POR MEIO DE ATIVIDADES DESPLUGADAS E SOFTWARE SCRATCH COMO MEIO DIDÁTICO PARA O ENSINO MÉDIO
Resumo Vivemos em um novo tempo, de evolução, em que mudanças constantes ocorrem de forma rápida. Como consequência, a vertiginosa introdução de novas tecnologias faz com que novas perspectivas e possibilidades surjam ininterruptamente, transformando o cotidiano das pessoas. Além disso, percebe-se que grande parte da população, especialmente os jovens, é simplesmente consumidora passiva da tecnologia, já que desconhece o funcionamento dos meios de comunicação. A utilização dos diversos recursos digitais restringe os processos de aprendizagem, pelo fato de oferecer respostas rápidas para a solução de problemas, sem, necessariamente, passar por etapas de raciocínio. Na medida em que o pensamento computacional não está inserido como disciplina na educação básica no Brasil até o momento, precisamos capacitar crianças, jovens e adultos nos fundamentos da Ciência da Computação, não só para a utilização dessas novas tecnologias, mas, também, para entender o seu funcionamento; tal conhecimento pode contribuir para tratar de uma parcela significativa de problemas atuais, enfrentados pela sociedade. Diante do que foi exposto, identificamos a necessidade de levar o pensamento computacional aos alunos do ensino médio, sugerindo ferramentas que pudessem apoiar a aprendizagem de conceitos de lógica de programação, de uma forma lúdica e adequada a essa faixa etária, favorecendo o desenvolvimento de habilidades cognitivas. Para isso, adotamos uma concepção construtivista, baseada nas contribuições das Teorias de Aprendizagem Cognitivistas, em especial a Teoria da Epistemologia Genética, elaborada por Jean Piaget, por acreditarmos que esta concepção possibilita centrar o processo de ensino-aprendizagem no aluno, de modo que o estudante possa migrar da posição de agente passivo, para agente ativo e participativo na construção do seu aprendizado. Percebemos que, durante as aulas das oficinas, as atividades desplugadas, isto é, sem utilização de computadores, possibilitaram o alcance dos objetivos desta pesquisa, de desenvolver as noções básicas do pensamento computacional. Esse formato de atividade despertou o interesse dos alunos, uma vez que são relativamente rápidas, geram desafio, despertam o raciocínio lógico e a persistência no alcance da solução. Apesar de jovens e inseridos no contexto tecnológico, os estudantes não se mostraram tão receptivos ao uso da tecnologia (Scratch), dando preferência às atividades desplugadas. Em ambas as atividades, os objetivos geral e específico foram alcançados. Diante disso, o produto desta pesquisa será um site, onde os internautas poderão fazer o download das atividades, podendo servir de guia para futuras aplicações por outros profissionais do ensino. Como desdobramento do produto, o site tem o objetivo de contribuir para a disseminação dos conceitos do pensamento computacional entre os estudantes, principalmente para os situados em locais menos privilegiados.
Palavras-Chave Pensamento Computacional. Desplugada. Scratch. Game. Aprendizagem Ativa.
Ano 2020
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Autor(a) Michelle Alves do Nascimento
Orientador(a) Prof. Dr. Alan César Belo Angeluci
Título APLICAÇÃO DE JOGOS DIGITAIS NO ENSINO PROFISSIONALIZANTE: UMA PERSPECTIVA DOCENTE
Resumo Esta é uma pesquisa colaborativa de cunho qualitativo que aborda as práticas docentes voltadas à utilização dos jogos digitais durante as aulas para o ensino profissionalizante. No cenário educacional da atualidade, torna-se imprescindível a implantação de metodologias ativas e inovadoras que detenham a atenção dos alunos, tornando-os protagonistas de seu processo de ensino/aprendizagem. Diante da ampla disponibilidade deste recurso, é impossível não tratar este tema com os docentes. Compreender como a escola e a educação lidam com este movimento, considerando o conhecimento e as vivências na construção dos currículos e no desenvolvimento das estratégias de aprendizagem, é importante para formação docente. O objetivo foi descrever a aplicação dos jogos digitais no ensino profissionalizante, além de investigar o seguinte problema de pesquisa: de quais maneiras os docentes podem contribuir para a criação de uma formação em serviço voltada ao uso dos jogos digitais no processo de ensino/aprendizagem? Este estudo ocorreu em uma unidade escolar do Senac SP, no Jabaquara, que oferece cursos profissionalizantes. Os sujeitos da pesquisa foram os professores que atuam nesta modalidade. Como instrumento de pesquisa, optou-se inicialmente pela aplicação de um questionário e, em outro momento, por uma atividade de cocriação utilizando a metodologia do Design Science Research. Após o tratamento analítico dos dados coletados, foi sugerido pelos docentes desenvolver uma formação em serviço com foco no uso de jogos digitais no processo de ensino/aprendizagem. Como produto educacional foi desenvolvido um projeto de curso semipresencial para formação docente, considerando as propostas de cursos que foram sugeridas pelos docentes que contribuíram com a pesquisa.
Palavras-Chave Educação. Ensino profissionalizante. Jogos digitais. Formação docente. Tecnologia da informação e comunicação.
Ano 2020
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Autor(a) Nádia Patrícia Ribeiro
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título ESPAÇO E VALORIZAÇÃO DA LITERATURA NA FORMAÇÃO EM SERVIÇO DO PROFESSOR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo Esta pesquisa surgiu diante da percepção do esvaziamento da cultura literária na formação de alunos e professores em face do paradoxo da presença da literatura na escola com ações bem-vindas e aceitas por toda comunidade escolar. O objetivo geral do presente trabalho foi investigar de que forma a literatura pode ocupar maior espaço e valorização na escola e na formação em serviço do professor dos anos iniciais do ensino fundamental, tendo em vista o trabalho mais adequado com a literatura em sala de aula. Como referenciais teóricos, baseamo-nos em autores que abordam a presença da literatura na sociedade, o problema da escolarização inadequada da literatura, a literatura infantil e a formação de professores. A pesquisa é exploratória, de caráter qualitativo e de inspiração etnográfica, desenvolvida em uma escola da rede municipal, da região do ABC paulista. Os dados foram gerados a partir de observações do espaço escolar e das ações de formação em serviço, bem como por meio de entrevistas semiestruturadas com três profissionais da escola: uma professora e duas assistentes pedagógicas. Os resultados das análises apontaram que, na escola, a literatura está presente nas práticas escolares e nos tempos e espaços. Contudo, ela é tratada e vista de forma inadequada, e ainda não existem ações efetivas que a valorizem nesse espaço, uma vez que há muitos equívocos em relação ao trabalho efetivo com a literatura. Em contrapartida, notamos que há vontade e disposição por parte dos profissionais que atuam na escola, a fim de que haja um resgate da literatura e que ela ocupe cada vez mais espaço no ambiente escolar e na formação de professores. A partir disso, foi elaborado um produto de compartilhamento de experiências utilizando a ferramenta digital Telegram, que pode servir como contribuição para ajudar a resolver os problemas encontrados nos resultados da pesquisa.
Palavras-Chave Literatura na escola. Leitura literária. Formação de professores. Formação em serviço. Escolarização da literatura.
Ano 2020
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Autor(a) Nanci Carvalho Oliveira de Andrade
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Silvia Moço Aparício
Título O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO DOCENTE ALFABETIZADOR
Resumo Resumo Esta pesquisa coloca em questão as estratégias formativas das formações continuadas oferecidas aos docentes do Município de Santo André por meio dos programas federais voltados à temática da alfabetização – Ação Escrita e PNAIC – , tendo em vista os resultados das aprendizagens que, segundo os dados oficiais (nacionais e municipais), não corresponderam ao que foi esperado. Nessa perspectiva, o objetivo geral foi investigar quais as contribuições das estratégias formativas oferecidas por programas de formação continuada para o Desenvolvimento Profissional Docente do docente alfabetizador. Como referencial teórico da pesquisa, apoiamo-nos nas contribuições dos estudos que tratam do Desenvolvimento Profissional Docente, sobretudo de Antonio Nóvoa e Lee Shulman. A pesquisa seguiu a abordagem metodológica descritiva analítica de natureza qualitativa. Os dados da investigação foram gerados por meio de análise documental, referente aos materiais oficiais dos programas de formação de alfabetizadores da rede em questão; bem como por entrevistas semiestruturadas com formadores e docentes participantes dos referidos programas. A análise do conjunto de dados evidenciou que, as estratégias formativas mobilizadas pelos programas em foco trouxeram relevantes contribuições ao desenvolvimento profissional dos alfabetizadores, destacando-se: novas reflexões de conceitos e metodologias que marcaram o entendimento da aprendizagem da criança e uma nova visão na ação pedagógica, nos planejamentos e mediações; a ampliação dos concepções existentes, no exercício de ação, relfexão e ação, por meio de aplicação das estratégias didáticas aprendidas nos cursos de formação e que possibilitavam a discussão e reflexão constantes, além de revelar os fazeres da Rede por meio dos vídeos que expunham as ações dos pares e contribuiam com reflexões das ações desenvolvidas em sala de aula. Por outro lado, a análise também evidenciou a falta de continuidade das discussões e experiências promovidas pelos programas nas unidades escolares, o que acaba comprometendo a qualidade do trabalho na alfabetização de todas as crianças. Como produto da pesquisa, elaboramos diretrizes de formação continuada para os docentes alfabetizadores da rede municipal de Santo André, com o intuito de contribuir na reelaboração das estratégias formativas considerando o Desenvolvimento Profissional Docente da pesquisadora e de seus pares, na valorização e na efetivação da formação continuada, visando melhores resultados nas aprendizagens dos docentes e das crianças.
Palavras-Chave Formação de professores. Desenvolvimento Profissional Docente. Alfabetização. Estratégias formativas. PNAIC.
Ano 2020
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Autor(a) Renata Cristina Polydoro
Orientador(a) Profª. Drª. Maria de Fátima Ramos de Andrade
Título ESTRATÉGIAS DE INDUÇÃO DO PROFESSOR NA MODALIDADE DE EJA
Resumo O presente estudo tem como problema de pesquisa investigar estratégias formativas necessárias no processo de indução do professor iniciante, sob a ótica do professor atuante na Educação de Jovens e Adultos (EJA) dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Nesse sentido, o objetivo geral foi investigar quais estratégias formativas são imprescindíveis e como contribuem para a inserção deste profissional no contexto escolar. Com relação aos objetivos específicos, procurou-se identificar as dificuldades que o professor iniciante enfrenta no processo de indução na EJA e analisar as estratégias que o docente utiliza nos primeiros anos de sua carreira. Quanto ao método e procedimentos pedagógicos, optou-se por um estudo de abordagem qualitativa descritivo-analítico, em duas etapas: pesquisa bibliográfica sobre a temática proposta e levantamento de dificuldades que os professores iniciantes enfrentam no processo de indução na modalidade EJA, por meio de questionários e entrevistas. Para a análise dos dados nos amparamos nos estudos de Marcelo Garcia, Cochran-Smith, Paulo Freire e Moacir Gadotti, dentre outros. Como resultado, constatou-se que há necessidade de um projeto de indução e acompanhamento docente, pautado na historicidade da modalidade e em seus sujeitos. Como produto da pesquisa, no formato de ebook, apresentamos algumas diretrizes para o processo de indução do professor iniciante. Além de ser um material formativo, o produto proposto intenciona sensibilizar os professores iniciantes com a premissa de que é por meio do trabalho colaborativo nas comunidades de aprendizagem que o desenvolvimento profissional docente avançará.
Palavras-Chave Professor iniciante. Processo de indução. Desenvolvimento profissional. Educação de Jovens e Adultos. Formação docente.
Ano 2020
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Autor(a) Rosane Prado Tavares Arioza
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título RELAÇÕES DIALÓGICAS ENTRE AS FAMÍLIAS E OS(AS) EDUCADORES(AS) DE CRECHE NA CONTEMPORANEIDADE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Resumo Resumo O trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa, realizada na “Creche Herbert de Souza”, pertencente à rede municipal de Santo André (SP). O estudo parte do pressuposto de que a falta de diálogo entre educadores(as) e famílias na contemporaneidade dificulta o estabelecimento de uma parceria entre as duas instituições, creche e família. Com o objetivo de contribuir no reconhecimento da creche como um espaço de educação compartilhada, a investigação se propôs identificar e analisar fatores que incidem na construção de uma relação mais dialógica entre famílias e educadores(as). Assim, o trabalho procurou distinguir as causas do distanciamento entre creche e família; analisar as concepções de família dos(as) educadores(as) e o conceito de creche das famílias; e, elaborar um plano de ação que viabilize a construção de uma parceria mais dialógica. O referencial teórico reporta-se às obras de Paulo Freire e aos estudos de Aldo Fortunati, Moysés Kulmann Jr., Eliana Bhering, Damaris Maranhão, Ciynthia Sarti, Fúlvia Rosemberg, Anna Bondioli, Susanna Mantovani, Ana Lúcia Goulart de Faria e Adriano Bonomi. Para responder aos objetivos propostos na pesquisa, empregou-se o grupo focal como metodologia de trabalho. Com base nos estudos de Bernardete Angelina Gatti, foram organizados dois grupos: o primeiro, formado por educadoras (professoras e Agentes de Desenvolvimento Infantil) e, o segundo, composto por familiares de crianças que frequentam a creche. A análise dos dados, fundamentada nos trabalhos de Laurence Bardin e Maria Laura Puglisi Barbosa Franco, revelou a existência de impasses que impedem uma relação mais próxima entre educadores(as) e famílias. Esta realidade se explica, em grande medida, pelas divergências que ambas as instituições apresentam sobre suas concepções de creche e de família. Entre as causas dos conflitos podemos apontar a falta de um vínculo de confiança entre famílias e educadores(as) desde o início do processo de entrada das crianças na creche; a escassez de tempo para compartilhar informações sobre o desenvolvimento da criança nos momentos de entrada e saída da creche; transgressões às regras da instituição por parte dos(as) familiares; apreensão das famílias para questionar atitudes dos(as) educadores(as); e, receio dos(as) educadores(as) em relação à participação das famílias nos momentos de inserção e de acolhimento das crianças. Durante a realização do grupo focal, educadoras e famílias destacaram a necessidade de espaços mais dialógicos para construir uma parceira mais construtiva no processo educacional das crianças pequenas. A partir dessa constatação, elaborou-se um plano de ação para 2020, que se constitui como produto final desta investigação.
Palavras-Chave Relação Creche e Família. Diálogo. Parceria. Educação compartilhada. Formação docente.
Ano 2020
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Autor(a) Sherida Zaia Alberdi
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título A EDUCAÇÃO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Resumo A Educação Integral é um entendimento a partir do qual a educação deve garantir o desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões e se constituir como projeto coletivo, compartilhado pelos estudantes, pelos educadores, pelas famílias e pelas comunidades locais. Entretanto, o que tem sido observado, nos últimos anos, é a busca pela ampliação do tempo de permanência do estudante na escola em detrimento de um modelo de educação que garanta o desenvolvimento pleno dos sujeitos. Em geral, são programas como Tempo de Escola e o Educar Mais que fazem parte das políticas públicas de Educação Integral da cidade de São Bernardo do Campo (SBC), no Estado de São Paulo, que foram objeto desta investigação. Assim sendo, esta pesquisa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, na linha de pesquisa Política e gestão da educação, de natureza qualitativa, teve como questão de pesquisa: Como têm sido constituídas as políticas de Educação Integral de São Bernardo do Campo? O objetivo geral foi, então, analisar as políticas públicas de Educação Integral de SBC, Estado de São Paulo, na perspectiva documental e de um grupo de gestores escolares. Para alcançar esse objetivo, os seguintes caminhos foram delineados: a) fazer uma análise dos documentos inerentes aos programas de Educação Integral de SBC; b) identificar aspectos comuns entres os dois programas de Educação Integral do município; c) conhecer as concepções dos gestores escolares acerca dos programas de Educação Integral de SBC; e d) propor algumas diretrizes para nortear os caminhos curriculares da Parte Diversificada no município de SBC. Tendo a abordagem qualitativa de pesquisa como premissa, os dados foram obtidos por meio de entrevistas realizadas com gestores de seis escolas do município investigado. De posse dos depoimentos dos participantes da pesquisa, os dados foram agrupados, categorizados e analisados na perspectiva da análise de conteúdo de Laurence Bardin. Em geral, as políticas públicas de Educação Integral de SBC têm sido caracterizadas pela descontinuidade em razão da alternância de partidos e, portanto, de gestores no executivo municipal. Por conta disso, são programas que dependem de vontade política para sua continuidade e, portanto, não podem ser considerados como políticas públicas de educação. Os gestores reconhecem a importância dos programas de Educação Integral em SBC, especialmente do Tempo de Escola, mas consideram que a instabilidade das políticas educacionais representa um fator preocupante para a consolidação da Educação Integral como política pública no município. Por fim, os gestores consideram que a flexibilidade curricular inerente à Parte Diversificada é positiva, mas alguns projetos poderiam ser incluídos no currículo comum que é para todos. Como produto final, considerando as concepções dos participantes da pesquisa, bem como o cenário político atual, foi proposto um documento orientador com foco na proposição de caminhos para a implementação da Parte Diversificada do currículo em SBC
Palavras-Chave Formação de gestores. Gestão da educação. Educação Integral. Parte Diversificada do currículo. São Bernardo do Campo.
Ano 2020
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Autor(a) Simone Cristiane Schiavon Ayres
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título O PROFESSOR COMO MEDIADOR DE LEITURA: A LITERATURA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo A leitura de literatura na escola é uma prática que, muitas vezes, é realizada com objetivos que não contemplam a experiência do leitor com a literariedade do texto, e acaba sendo explorada como pretexto para o estudo gramatical e com funções avaliativas. A esse respeito, Magda Soares aponta que a escolarização inadequada da Literatura já começa desde os anos iniciais, na leitura de literatura infantil. Diante desse cenário, defendemos a importância da mediação de leitura de literatura na escola junto às crianças, discutindo aspectos como: a importância da literatura na formação dos estudantes, as relações entre literatura e escola no contexto atual e o papel do professor como mediador da leitura literária. Tendo isso em vista, objetivamos com este trabalho compreender o papel do professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental como mediador de leitura para a formação de um aluno leitor de literatura. Para tal, consideramos como referencial teórico da pesquisa estudos sobre mediação de leitura, estratégias de leitura, letramento literário e multiletramentos. O método utilizado para pesquisa é colaborativo intervencionista, tendo como procedimentos metodológicos: a observação, pela professora pesquisadora, em sala de aula de segundo ano de uma rede pública municipal da região do ABC paulista, a construção da parceria com a professora colaboradora, as intervenções de mediação de leitura de literatura, realizadas colaborativamente junto aos alunos. Os resultados da pesquisa apontam que o papel do professor na mediação do texto literário na escola requer planejamento, com objetivos bem definidos; o desenvolvimento de práticas pedagógicas que vão além de uma simples atividade de lazer ou da exploração de conteúdos linguísticos e gramaticais do texto literário; a compreensão do que é literatura e suas funções. Além disso, os resultados evidenciaram que o trabalho colaborativo na escola é determinante para o desenvolvimento profissional do professor para atuação como mediador de leitura literária. Como produto da pesquisa, desenvolvemos um material didático com sugestões de trabalho com a literatura nos anos iniciais, destacando o papel do professor como mediador de leitura literária.
Palavras-Chave Mediação de leitura literária. Professor mediador. Trabalho colaborativo. Letramento literário. Formação do professor.
Ano 2020
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Autor(a) Thais Cristina Rangel Bressani
Orientador(a) Profª. Drª. Elizabete Cristina Costa Renders
Título A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AS DIFERENÇAS NA ESCOLA: EM PERSPECTIVA OS DESENHOS DAS CRIANÇAS
Resumo Esta pesquisa coloca em questão o movimento das diferenças numa escola pública na região da grande São Paulo. Neste sentido, pergunta: quais as percepções das crianças em relação às diferenças na escola? Tem como objetivo geral compreender como as crianças percebem as diferenças na escola. Como objetivos específicos da pesquisa elenca: conhecer a percepção das crianças sobre as diferenças a partir da documentação pedagógica da escola pesquisada, discutir e refletir como os desenhos das crianças vão ao encontro do que está proposto no Projeto Político Pedagógico da escola pesquisada e construir um caderno ilustrado que mostre a importância do diferenciar para incluir na escola. Partindo dos objetivos apresentados, a investigação foi desenvolvida com um método combinado entre a pesquisa narrativa e a pesquisa documental integrativa, recolhendo e narrando, por meio dos desenhos das crianças, a percepção sobre as diferenças na escola. A pesquisa fundamenta-se nos seguintes referenciais teóricos: paradigma da educação inclusiva, diferença como valor pedagógico e ética universal do ser humano. Apresenta uma proposta de produto educacional - o caderno ilustrado intitulado O olhar das crianças sobre as diferenças. Os resultados apontam para alguns horizontes epistemológicos fundantes do enfrentamento da exclusão social e da construção da escola inclusiva, como: a percepção da marcação da diferença pela sociedade, a recorrente mentalidade dicotômica na escola, a diferença como condição humana, a aprendizagem da sensibilidade solidária e a relevância da construção coletiva do projeto político pedagógico da escola para a formação da consciência cidadã. As crianças demonstraram consciência política e clara percepção conceitual sobre os mecanismos de marcação das diferenças na sociedade e na escola.
Palavras-Chave Educação Inclusiva. Arte educação. Formação Docente. Diferenças. Epistemologias emergentes.
Ano 2020
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Autor(a) Thiago Luiz Sartori
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO AMBIENTE ESCOLAR: A CONCEPÇÃO DOS GESTORES
Resumo A educação, na perspectiva dos Direitos Humanos (EDH), é um entendimento a partir do qual a educação volta-se para a formação de uma cultura de respeito à dignidade humana que se materializa por meio da promoção de vivências e valores inerentes à liberdade, justiça, igualdade, solidariedade, cooperação, tolerância e paz. Contudo, a escola, lócus privilegiado para o desenvolvimento da EDH, por vezes, sido também protagonista de um cenário de violências e intolerância à diversidade. Assim, esta pesquisa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, buscou identificar e analisar eventuais situações de violência homofóbica no ambiente escolar, na perspectiva dos Direitos Humanos. Buscou também verificar se o gênero do gestor tem influência diferenciada na contribuição ou no tratamento na violência de gênero no ambiente escolar, assim como identificar a concepção de direitos humanos presentes nas práticas de gestão das escolas investigadas. Tendo a abordagem qualitativa de pesquisa como premissa, os dados foram obtidos por meio de entrevista realizada com gestores de sete escolas públicas estaduais de São Paulo. De posse dos depoimentos dos participantes da pesquisa, os dados foram agrupados, categorizados e analisados na perspectiva da análise de conteúdo de Laurence Bardin. Em geral, os gestores desenvolvem práticas profissionais com foco no respeito à diversidade e na cultura de paz e, portanto, na perspectiva da educação em direitos humanos. Tratam questões inerentes à homossexualidade com naturalidade, mas reconhecem que, na escola, há situações de intolerância em relação às relações homoafetivas por parte de alguns alunos e até mesmo professores, mas não de igualdade de gênero, demandando atenção especial da gestão. Contudo, eles não permitem relações de afeto, como o beijo por exemplo, no ambiente escolar independentemente de o casal ser homo ou heterossexual, assim como alguns deles não sabem dizer se uma pessoa trans deveria usar o banheiro masculino ou feminino, chegando, inclusive, a propor um banheiro alternativo para essas pessoas. Com relação ao gênero do gestor, a pesquisa considera que esse aspecto não influencia no tratamento da violência homofóbica no ambiente escolar, pois tanto os diretores homens quanto as mulheres lidam com o assunto com profissionalismo. Por fim, foi constatado que alguns gestores se mostraram despreparados para lidar com a presença de casais homoafetivos,e, assim, têm práticas profissionais que corroboram a violência homofóbica no ambiente escolar. Como produto final, considerando as concepções dos participantes da pesquisa, foi proposto um Plano de Ação com foco na Educação em Direitos Humanos.
Palavras-Chave Formação de gestores. Gestão da Educação. Direito Humanos. Violência homofóbica no ambiente escolar. Educação e gênero.
Ano 2020
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Autor(a) William Santos Nascimento
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título A CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DO CURRÍCULO NA PERSPECTIVA DA JUSTIÇA CURRICULAR: A EXPERIÊNCIA DE UMA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL (ETI) EM RIBEIRÃO PIRES/SP
Resumo Este trabalho de pesquisa apresenta o processo de construção do currículo das oficinas pedagógicas de uma Escola de Tempo Integral – ETI, localizada no Município de Ribeirão Pires/SP. Frente à inexistência de uma proposta oficial para a parte diversificada do currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental, o objetivo central do estudo consistiu na busca de estratégias para a construção coletiva de um currículo na perspectiva da justiça curricular. A metodologia utilizada alinha-se com os princípios e processos da pesquisa-ação colaborativa, uma vez que essa abordagem qualitativa de pesquisa proporciona o desenvolvimento de discussões, reflexões e tomadas de decisão da gestão escolar, respeitando os sujeitos do currículo. O trabalho apoiou-se nas contribuições das teorias críticas do currículo de autores como Michael Whitman Apple, José Gimeno Sacristán, Michael Young, Antônio Flávio Barbosa Moreira e no conceito de justiça curricular explorado por Raewyn Connell, Juliana Fonseca de Oliveira Neri, Branca Jurema Ponce. Os resultados obtidos nesse processo revelam que a ação de refletir coletivamente sobre os conceitos que fundamentam as práticas pedagógicas, a partir dos problemas concretos da escola promove mudanças importantes na direção de um projeto comprometido com a qualidade social da educação e com a gestão democrática da escola. O produto final deste trabalho se apresenta sob o formato de caminhos percorridos para a construção coletiva do currículo e de projetos que contemplam objetivos para as três dimensões da justiça curricular: conhecimento, cuidado e convivência.
Palavras-Chave Gestão Escolar. Escola de Tempo Integral. Justiça Curricular.Qualidade Social da Educação. Pesquisa Colaborativa.
Ano 2020
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Autor(a) Xirlaine dos Anjos Sousa
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA E DE QUALIDADE DA PRÉ-ESCOLA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA: ORIENTAÇÕES CURRICULARES E A PERSPECTIVA DOS GESTORES
Resumo Este trabalho de pesquisa analisa as orientações curriculares para a educação infantil da rede municipal de Diadema, localizada na Região do Grande ABC Paulista, com foco em três categorias conceituais: infância, qualidade da educação infantil e função social da pré-escola. Para tanto, examina dois documentos: a Proposta Curricular de Diadema para a Educação Infantil-publicada em 2007 e o Referencial Curricular do Sistema SESI-SP, composto por materiais apostilados adotados a partir do ano de 2014. O objetivo geral da pesquisa foi conhecer as concepções que orientaram as práticas curriculares e pedagógicas da pré-escola do município de Diadema entre 2014 e 2018. Para tanto, foram definidos três objetivos específicos: a) analisar os avanços e retrocessos das políticas de Educação Infantil no Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988; b) identificar as concepções de infância e de qualidade presentes nos documentos curriculares; c) conhecer as concepções dos gestores pedagógicos a respeito da infância, da qualidade e da função social da pré-escola. Trata-se de pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que combina análise documental e de dados obtidos em um grupo de discussão realizado com professores/gestores de educação infantil desse município. O estudo se fundamenta nas contribuições teóricas de autores da Sociologia da Infância e do campo das políticas públicas de Educação Infantil. Os resultados apontam diferenças significativas de concepção e de abordagem pedagógicas entre os dois documentos, refletindo-se nos discursos contraditórios e ambivalentes das profissionais sobre a função social da pré-escola. Um acervo virtual de memórias curriculares da educação infantil de Diadema tende a contribuir para reflexão e futuros estudos sobre a concepção de infância do município. Conclui-se que é preciso continuar lutando por políticas públicas que reconheçam o direito das crianças a usufruírem plenamente o tempo da infância e que tenham o brincar como princípio educativo da educação infantil.
Palavras-Chave Políticas Curriculares. Pré-escola. Infância. Qualidade Social da Educação Infantil. Município de Diadema.
Ano 2020
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