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Pós Stricto Sensu

Acervo de Trabalhos Finais - 2018


Autor(a) Camila Vieira Cassiano
Orientador(a) Prof. Dr. Ivo Ribeiro de Sá
Título SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA PROPOSTA PARA AS INTERAÇÕES DE APRENDIZAGENS DA LÍNGUA INGLESA
Resumo O presente estudo tem como objetivo apresentar caminhos alternativos para o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa na escola pública. O ensino do idioma estrangeiro nos anos finais do Ensino Fundamental, ainda encontra impasses no cotidiano escolar e, sob este cenário, o estudo buscou possíveis condições contribuintes à aprendizagem significativa dos estudantes, por meio da aplicação e análise de uma sequência didática. Por este ângulo, o objetivo geral foi identificar o processo de aprendizagem da língua inglesa dos discentes do 7º ano, a fim de elaborar uma sequência didática capaz de propiciar uma aprendizagem significativa da língua inglesa. Aos objetivos específicos, pretendeu-se estabelecer uma relação entre os procedimentos didáticos e metodológicos da língua estrangeira, envolvendo as habilidades orais, auditivas, escritas e compreensão com a práxis docente, diante das dificuldades e pretensões dos estudantes para a aprendizagem do idioma e, posteriormente, identificar qual o efeito ocasionado pela sequência didática à validação do produto. Desta maneira, como um estudo de cunho qualitativo, foram realizadas, inicialmente, entrevistas a priori, por meio do grupo focal que contribuiu com o levantamento de elementos essenciais à construção da sequência didática. Para mais, o grupo focal também auxiliou com a validação final nas nvestigações a posteriori. Já a aplicação em campo foi sucedida pelo grupo integral do 7º ano de uma instituição pública, localizada na região centro-sul de São Paulo. A sequência didática foi analisada pelos conceitos da Engenharia Didática (ARTIGUE, 1998), como metodologia do estudo, sob a investigação da prática e pesquisa no cotidiano escolar. Como resultados, o estudo revelou que é possível fornecer a aprendizagem significativa quando há o engajamento dos conceitos didáticos/pedagógicos e metodológicos para a elaboração da prática docente, sendo desejável contemplar o contexto da aprendizagem dos estudantes, em prol da construção social no desenvolvimento cognitivo. Assim, encontrou-se como perspectiva os conceitos das situações didáticas (BROUSSEAU, 2008), vinculado à teoria sociointeracionista (VYGOTSKY, 2007), como oportunidade de transformação, juntamente aos obstáculos presentes no cotidiano escolar, oportunizando o protagonismo, a valorização e a criticidade em cada situação de aprendizagem integrada no cotidiano escolar. Ademais, a proposta do estudo proporcionou a autonomia docente e discente em sala de aula, valorizando a oferta de ensino da língua inglesa na escola pública. Também possibilitou a aproximação entre a teoria e a prática diante da postura investigativa docente, além de revelar a grande importância das relações estabelecidas entre os sujeitos e os conteúdos à aprendizagem significativa do idioma.
Palavras-Chave Aprendizagem. Língua Inglesa. Sequência Didática.
Ano 2018
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Autor(a) Carlos Gianfardoni
Orientador(a) Prof. Dr. Elias Estevão Goulart
Título EDUCAÇÃO MÓVEL APLICADA: UMA EXPERIÊNCIA BRASIL - FINLÂNDIA
Resumo O mercado de aprendizagem móvel está crescendo no Brasil, as bandas largas deverão estar disponíveis em breve para todos, os consumidores compram produtos de aprendizagem móvel apesar de dificuldades na economia. Também crescem a demanda e a necessidade de aprendizagem de línguas e de conteúdo personalizado. O consumo de aplicativos e conteúdos customizados é, na maior parte, do consumidor individual, embora as organizações ampliem investimentos. Apesar de o momento parecer adequado para integração da aprendizagem móvel com a aprendizagem presencial, com a adoção do paradigma Bring Your Own Device (traga o seu próprio aparelho, em português), o BOYD, pouco se sabe como aplicar os dispositivos móveis para a aprendizagem presencial. Poucos estudos discutem as formas de se aplicar a aprendizagem móvel para benefício da aprendizagem no Brasil, assim como o entendimento do crescimento de negócios na área ainda não foi plenamente identificado. A tecnologia móvel está afetando diferentes setores da sociedade e terá um papel importante a desempenhar no futuro da educação. A evolução da Internet e seus recursos têm determinado mudanças no estilo de busca de informações, criando uma demanda por evolução dos métodos de ensino e aprendizagem. Esta pesquisa justificou-se pela necessidade de se investigar abordagens eficazes de utilização da aprendizagem móvel, certificando-se que seja adequada e auxiliar na construção de conhecimento. Neste cenário, questão que norteia a pesquisa é: quais as percepções de estudantes do Ensino Médio em relação às tecnologias digitais móveis quanto ao seu emprego e usabilidade para aplicações educacionais? O objetivo geral foi o de analisar a aplicabilidade e usabilidade das tecnologias digitais móveis como recurso de apoio aos processos educativos. Como metodologia, a pesquisa exploratória, valeu-se do método indutivo, com técnica de coleta de dados a partir de pesquisa de campo realizada junto a 57 alunos do ensino médio de três escolas públicas do ensino básico, conveniadas com o grupo de pesquisa ETICO. Em conclusão, as tecnologias móveis são acessórios que podem auxiliar nas fases do processo de ensino e aprendizagem. É necessário compreender as necessidades básicas do cotidiano escolar. Embora de grande potencial, as tecnologias móveis ainda são pouco utilizadas para partilhar e sedimentar conhecimento em sala de aula, apesar da grande disponibilidade dos dispositivos móveis pelos respondentes da presente pesquisa.
Palavras-Chave Aprendizagem Móvel. Educação. Formação Docente. Tecnologias Digitais. Usabilidade.
Ano 2018
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Autor(a) Erica Loureiro Garrido
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título COORDENADOR PEDAGÓGICO: ENTRE AS PRÁTICAS COTIDIANAS E AS REGULAMENTAÇÕES ESTABELECIDAS NO REGIMENTO ESCOLAR
Resumo Este estudo identificou e analisou as relações entre as atribuições dos Coordenadores Pedagógicos (CPs) do Ensino Fundamental I,1 da rede de educação de São Caetano do Sul, descritas no Regimento Escolar do Município, e as ações efetivamente exercidas por estes na rotina de seu trabalho na escola. Com tal objetivo, realizou-se uma revisão da literatura especializada sobre o tema, traçou-se o perfil do CP, e investigou-se o Regimento Escolar, relacionando-o com as ações diárias do CP. Para a realização desta pesquisa, optou-se pela metodologia mista, envolvendo a abordagem quantitativa, na primeira fase, e qualitativa na segunda (entrevistas). Os resultados indicaram que os CPs possuíam um perfil próprio de uma demanda específica, mas que se apresenta de modo muito similar àquele do cenário nacional, isto é, um profissional com formação em pedagogia, pouca experiência e muitas atividades desempenhadas no cotidiano escolar. Esses profissionais realizavam várias atividades cotidianamente que não estão presentes no Regimento Escolar. Algumas práticas (assistir aulas dos professores, oferecer devolutivas, orientar pedagogicamente o aluno, formação continuada do CP, entre outras) constam somente de maneira genérica no Regimento Escolar, mas poderiam ser incluídas, de forma mais específica, e induzir, mais sistematicamente, esses profissionais a realizá-las. Outras ações efetuadas (associadas à rotina dos alunos, à falta do professor e à organização de materiais e eventos) não deveriam estar no rol de atividades, pois desfocam o trabalho e subtraem o tempo para aquilo que é essencial: a formação de professores. Os dados deste estudo oferecem possibilidades para o planejamento de políticas educacionais, combinadas com a formação inicial e continuada dos Coordenadores Pedagógicos, e para a uma revisão das atribuições destes no Regimento Escolar do Município. Tratam-se, de fato, de indicações relevantes para as autoridades políticas e educacionais desta cidade, pois podem auxiliar na melhoria da escola, em geral, e da formação do coordenador, em particular.
Palavras-Chave Coordenador Pedagógico. Ensino Fundamental. Politicas Publicas Educacionais. Práticas.
Ano 2018
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Autor(a) Fabiana Silva Soares Vieira
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título CONTRIBUIÇÕES DO DISPOSITIVO SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA ALFABETIZAÇÃO: A AUTORIA EM FOCO
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo principal investigar o processo de construção colaborativa de uma sequência didática de gênero textual com alunos do 1º ano de uma escola municipal de tempo integral dos anos iniciais, com vistas ao desenvolvimento das capacidades de linguagem e autoria. A investigação realizada é de abordagem qualitativa e de cunho colaborativo intervencionista, considerando a constituição de uma Parceria Formação no trabalho colaborativo de elaboração, desenvolvimento e realização da sequência didática entre esta professora pesquisadora e a professora colaboradora. O conjunto de dados gerados ao longo do desenvolvimento deste trabalho é composto por: registros em áudio das falas nos encontros da Parceria Formação, gravação em vídeo das aulas, registros reflexivos em diário de campo e as produções escritas realizadas pelos alunos ao longo da sequência didática. A fundamentação teórica da pesquisa está apoiada, principalmente, nas contribuições dos estudos sobre o ensino da língua materna, sob a perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), desenvolvidos por pesquisadores do Grupo de Didática das Línguas de Genebra e colaboradores brasileiros. Quanto à construção colaborativa da sequência didática por meio da Parceria Formação, a análise dos dados indica a importância da constituição de um espaço de reflexão na/da/sobre a prática, no contexto escolar, que possa contribuir para o planejamento da ação docente com aprofundamento teórico e valorização de práticas de maneira colaborativa que auxiliem o professor a refletir sobre o ensino e a própria prática profissional. No que se refere às contribuições da utilização do dispositivo sequência didática de gêneros textuais na alfabetização, os resultados da análise das produções dos alunos apontam avanços nas capacidades de linguagem dos aprendizes, bem como no processo de constituição da autoria pelos alunos. Sendo assim, o produto final da pesquisa corresponde a um material de apoio voltado ao professor alfabetizador, com orientações para o trabalho com a sequência didática de gêneros textuais, principalmente com o gênero "carta", visando ao desenvolvimento de capacidades de linguagem e autoria dos alunos, por meio de exemplos de situações de sala de aula vivenciadas, com sugestões de leitura ao professor para embasamento teórico-metodológico.
Palavras-Chave Alfabetização. Autoria. Desenvolvimento Profissional Docente. Sequência Didática. Trabalho Colaborativo.
Ano 2018
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Autor(a) Fernanda Feliciano de Andrade
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título CUIDAR E EDUCAR NAS CRECHES DO MUNICÍPIO DE MAUÁ/SP: CONTRIBUIÇÕES AO TRABALHO DO PROFESSOR COORDENADOR PEDAGÓGICO
Resumo Este trabalho teve origem nas preocupações relacionadas às práticas de educação infantil (creches) da Prefeitura do Município de Mauá, estado de São Paulo, frente à divisão de papéis entre professores e auxiliares de desenvolvimento infantil no trabalho com as crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade. O foco de atenção deste estudo recaiu sobre a indissociabilidade entre o cuidar e o educar como elementos essenciais para o desenvolvimento integral das crianças. A pesquisa foi organizada em torno da seguinte questão-problema: como tem sido enfrentado pela gestão pedagógica o desafio de articular as atribuições desses profissionais nas creches do município de Mauá? O objetivo geral da pesquisa foi levantar informações para subsidiar o trabalho dos professores coordenadores pedagógicos das creches públicas desse município. Para tanto, foram definidos três objetivos específicos: I) traçar o perfil dos profissionais que atuam nas vinte e sete unidades creches de período integral de Mauá; II) construir um diagnóstico das dificuldades e desafios enfrentados no dia a dia do trabalho dentro das creches municipais; III) por fim, com base nos dados levantados, elaborar uma proposta de trabalho que auxilie o professor coordenador pedagógico a enfrentar o desafio de articular o "cuidar" e o "educar"enquanto persistem as controvérsias políticas e jurídicas que sustentam a divisão de tarefas nas creches públicas do município. Assim, como produto final deste trabalho foi elaborada uma proposta formativa de professores e auxiliares de educação infantil, com base nos princípios da pesquisa-ação colaborativa. Os resultados desta investigação confirmam que recai sobre o professor coordenador pedagógico a tarefa de contornar dificuldades que só serão resolvidas no campo das políticas públicas de educação, concluindo-se, portanto, que ainda há um longo caminho a ser percorrido para superar as insuficiências históricas dessa etapa da educação brasileira que penalizam tanto os profissionais como as crianças pequenas em uma fase tão essencial de seu desenvolvimento.
Palavras-Chave Creche. Cuidar e Educar. Divisão de Papéis Profissionais. Município de Mauá, SP. Professor-Coordenador Pedagógico.
Ano 2018
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Autor(a) Gabriela Pinheiro Bressan
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título O DIREITO À EDUCAÇÃO NAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES DE SÃO CAETANO DO SUL: A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES
Resumo O direito à educação encontra-se garantido na legislação brasileira desde a década de 1930, mas com destaque na Constituição Federal de 1988. Esse direito envolve tanto a garantia do acesso como a permanência do estudante na escola durante o período escolar obrigatório que, a partir de 2009, passou a ser dos 4 aos 17 anos de idade. A fim de assegurar que todo estudante tenha acesso a um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais, o currículo – entendido como um conjunto de experiências educativas vividas pelos estudantes no contexto escolar – é prescrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação vigente, Lei nº 9.394/96, possui uma base curricular nacional comum para todo o país e uma parte diversificada que atende às características regionais e locais. Nesse sentido, em 2013, a rede municipal de São Caetano do Sul elaborou as Orientações Curriculares para o Ensino Fundamental com o intuito de orientar o trabalho de seus professores. Assim, o objetivo da pesquisa foi compreender a forma como o currículo de São Caetano do Sul, por meio de suas Orientações Curriculares, prevê meios para garantir o direito às aprendizagens essenciais, bem como a permanência na escola de seus alunos. Para tanto, empreendeu-se uma pesquisa qualitativa com orientação analítico-descritiva, mediante análise documental das Orientações Curriculares de São Caetano do Sul e entrevistas semi-estruturadas com questões em aberto, iniciada após consentimento esclarecido dos entrevistados. Os sujeitos são os professores da Rede Municipal de São Caetano do Sul. A interpretação do material coletado seguiu os ensinamentos da "análise de conteúdo". Os resultados mostraram que os professores acreditam que as orientações curriculares são importantes para a efetivação do direito à permanência dos estudantes na escola, mas apontam a necessidade de uma avaliação dessas orientações, bem como a necessária participação dos pais para que estes compreendam a importância da escola na vida de seus filhos e contribuam para a motivação e o incentivo dos estudantes em estarem e permanecerem na escola para a garantia de um futuro melhor.
Palavras-Chave Currículo. Direito à Educação. Orientações Curriculares de São Caetano do Sul. Percepção dos professores. Permanência do Aluno na Escola.
Ano 2018
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Autor(a) Géssica Natália Campos
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: REFLEXÕES COM UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo Este trabalho busca refletir sobre a Educação em Direitos Humanos (EDH) e as possibilidades de incorporação da EDH em uma escola da rede municipal de São Caetano do Sul. O objetivo geral da pesquisa é contribuir com o trabalho da equipe gestora e docente para o desenvolvimento de ações concretas, envolvendo professores, para a promoção da EDH na perspectiva de uma qualidade social da educação. Por sua relevância, o trabalho tem como referencial teórico as contribuições de alguns autores como Comparato (2015), Haddad e Graciano (2006), Candau (2013), Carvalho (2004), Lúcio (2013), Santos (2013), Silva (2012). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa-ação colaborativa, dividida em três etapas: a de caracterização dos sujeitos integrantes da equipe gestora e equipe docente da escola; a identificação das concepções de direitos humanos e de Educação em Direitos Humanos dos participantes; e, finalmente, a etapa de ação, que resultou na elaboração de um plano de formação que vise a incorporação da EDH nas práticas cotidianas da escola. Os resultados da pesquisa indicam que antes de realizarmos um trabalho de EDH na escola com os alunos é preciso realizar com a equipe gestora e docente da escola. Uma formação reflexiva pode fazer com que o professor se reconheça como um sujeito de direitos para só depois pensarmos em formar alunos que se reconheçam sujeitos de direitos. Uma educação que busca qualidade social precisa refletir sobre respeito às diferenças, democracia, autonomia e direitos.
Palavras-Chave Educação em Direitos Humanos. Gestão Democrática. Qualidade Social da Educação.
Ano 2018
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Autor(a) Heloisa Poleti de Souza Bueno
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título FORMAÇÃO DO DIRETOR E DESEMPENHO ESTUDANTIL: UM ESTUDO EM ESCOLAS ESTADUAIS DE SÃO PAULO
Resumo A presente pesquisa teve como objetivo analisar quais variáveis influenciam no desempenho dos estudantes do Ensino Fundamental - anos iniciais - das escolas públicas estaduais do Estado de São Paulo a partir da formação de seus diretores. Foram considerados como parâmetro para a análise os microdados da Prova Brasil de 2011, 2013 e 2015 para o desempenho dos estudantes, bem como o ano de 2015 para a formação do diretor de escola. A partir do levantamento de dados disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, foi possível buscar subsídios para sustentar o estudo, que visa caracterizar os diretores de escolas da Rede Estadual de São Paulo, analisar os resultados das avaliações em larga escala dessas e mensurar a correlação de dependência existente entre formação e desempenho estudantil. Para atender aos objetivos propostos, foi utilizado na análise estatística o programa IBM SPSS Statistics 20. A análise foi realizada por meio da técnica estatística de Regressão Logística Binária. Os resultados, de forma geral, apresentaram correlação positiva na formação do diretor de escola quando estes possuem cursos de pós-graduação com Especialização em Educação, com, no mínimo, 360 horas. Outro fator relevante refere-se à Licenciatura concluída pelo diretor; quando este possui uma segunda Licenciatura, os resultados das avaliações externas mostram-se mais positivos. A partir da realização da pesquisa, observou-se que inúmeros são os fatores que poderão exercer influência na formação dos estudantes e ainda, não há uma variável isoladamente que justifique o modelo. Esta pesquisa contribui para redirecionar futuros trabalhos que pretendam um entendimento mais amplo sobre as avaliações de larga escala, bem como atua no sentido de conduzir novos investimentos das Secretarias de Educação para cursos de aperfeiçoamento, de forma a subsidiar a formação dos diretores de escola. Ademais, este estudo propõe um Plano de Formação de Gestores na perspectiva de indicadores educacionais, buscando-se a elaboração de um Plano de Ação Educacional.
Palavras-Chave Avaliação em Larga Escala. Desempenho Estudantil. Formação de Diretores de Escola. IDEB. Regressão Logística Binária.
Ano 2018
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Autor(a) Jair Rodrigues da Silva
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título A FORMAÇÃO ESTÉTICA DO PROFESSOR E O ENSINO DE LITERATURA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo O objetivo geral desta pesquisa foi investigar as relações entre a formação literária do professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental e sua prática em sala de aula, com vistas a apontar elementos que contribuam no desenvolvimento de sujeitos efetivamente leitores de Literatura. Para tal, apoiei-me em referenciais teóricos os quais compreendem a Literatura como experiência estética, que nos humaniza e nos faz emocionar, refletir e experimentar sentimentos; bem como na perspectiva do Letramento Literário, defendida por Cosson, a qual propõe a leitura literária na escola que permite a fruição, o ato de compartilhar Literatura com o outro, numa experiência reveladora e significativa para o professor e os alunos. A fim de pensar em uma formação docente que auxilie nessa compreensão, defendo a formação estética do professor, com base em Loponte, como uma possibilidade de sensibilizar-se para proporcionar humanização no processo de aprendizagem, de modo a tornar as escolas e as aulas como campos de experimentação. Como método de pesquisa, segui a abordagem qualitativa, fazendo uso de procedimentos metodológicos inspirados na etnografia da prática educacional, ao buscar conhecer aspectos da formação literária e da prática pedagógica de dois professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma rede municipal. Por meio de entrevista com questões abertas, levantei informações sobre o perfil leitor desses professores, sua formação acadêmica, prática docente e sua compreensão das práticas de leitura literária que realizam na sala de aula. Além disso, por meio de dados de sala de aula gravados e transcritos, sondei a prática desses professores em momentos em que trabalhavam com a leitura literária. As análises do conjunto desses dados, realizadas com base nas orientações da investigação de conteúdo, evidenciam que não é a formação estética e literária desenvolvida ao longo da vida desses professores, nem a formação acadêmica, nem a formação continuada, da forma como vem sendo proposta no caso dos dois professores, que garantem uma prática docente a qual contribua para o aperfeiçoamento do Letramento Literário dos alunos. Os resultados da pesquisa apontam como alguns fatores que de fato interferem na prática dos professores: a força que a cultura escolar exerce sobre a prática docente, com a ideia de que apenas ler em voz alta é a maneira de garantir que os alunos tenham acesso à Literatura; o tempo e as exigências curriculares da escola, os quais influenciam diretamente na pouca frequência que os professores dedicam à Literatura em sala de aula; a ausência de espaço na escola para discussões de formação estética e literária do professor em reuniões pedagógicas e nos horários semanais de Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC); a falta, na formação inicial e continuada, de experiências com a leitura literária; a desmotivação do professor, impedindo a tomada de consciência sobre sua própria prática. Em síntese, alguns aspectos que podem contribuir para a formação de leitores de literatura na escola estão ligados à transformação da escola, do currículo, das práticas de formação inicial e continuada de professores, à direção do saber da experiência, este carregado de vivência, paixão. Daí o produto final desta pesquisa ser uma formação continuada que objetiva sensibilizar, despertar o professor para realizar um trabalho significativo com a Literatura e compreender o quanto compartilhar Literatura pode proporcionar a todos os envolvidos uma possibilidade de humanização das relações de ensino-aprendizagem.
Palavras-Chave Formação de Leitores. Formação Estética. Letramento Literário. Práticas de Leitura Literária.
Ano 2018
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Autor(a) Juliana Rodrigues Marconi Moraes
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título AVALIAÇÕES EXTERNAS NO CONTEXTO ESCOLAR: O DESAFIO NA ROTINA DE TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Resumo Políticas neoliberais, sobretudo aquelas relacionadas às políticas de avaliação em larga escala e de responsabilização, já estão bem consolidadas no Brasil. Elas estão influenciando as questões do financiamento da educação, o currículo das escolas, a formação e a autonomia dos professores, as incumbências das escolas e dos docentes e o trabalho dos Coordenadores Pedagógicos (CPs). Este estudo tem por objetivo identificar e analisar influências das políticas de avaliação e de responsabilização sobre a rotina de trabalho do Coordenador Pedagógico dos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino da cidade de São Caetano do Sul. Por meio de um estudo de caso, foi detectado o perfil deste coordenador, foram investigados os documentos da Secretaria de Educação do Centro de Formação de Profissionais da Educação e foram entrevistados os Coordenadores Pedagógicos (N = 7) das escolas da cidade. Os resultados mostraram que os CPs eram profissionais formados em pedagogia, com algum tipo de pós-graduação, com pouca experiência e muitas demandas para serem realizadas no cotidiano escolar. Trata-se de um profissional que estava aculturado às políticas de avaliação e de responsabilização e que já possuíam um discurso e algumas práticas consolidadas. Essa aculturação ocorreu, principalmente, a partir de um processo de formação, mas também pela criação da Escola de Pais, da Prova São Caetano e do Tarefário. Os coordenadores reconheceram alguns benefícios dessas políticas, mas sinalizaram também algumas preocupações, especialmente em relação às pressões e às cobranças sobre os resultados, um processo que não havia sido apontado pela literatura da área. Esses resultados são importantes e contribuem para ampliar a compreensão sobre a atuação deste profissional na escola. Paralelamente, eles podem ser levados para as discussões no contexto da formação inicial e continuada dos coordenadores.
Palavras-Chave Anos Iniciais. Avaliações Externas. Coordenadores Pedagógicos. Ensino Fundamental.
Ano 2018
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Autor(a) Liliane Lima da Silva
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título MENSURAÇÃO DO PERFIL SUBJETIVO DO GESTOR: UM ESTUDO À LUZ DE SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ESCOLAR
Resumo Desde a substituição do termo administração pelo termo gestão pela LDB 9.394/96, a discussão sobre a capacitação do modelo de gestão e o perfil do gestor escolar ganharam maior espaço nas pesquisas, principalmente no que tange a contribuição das características do perfil desse gestor no resultado da unidade escolar. Nesse sentido, esse estudo buscou investigar a estrutura de características subjetivas do perfil do gestor, que se correlacionaria com o desempenho escolar, objeto de frequente discussão administrativa, acadêmica e política no âmbito da educação nas últimas três décadas. Para isso, utilizou amostra de 64 casos selecionados por amostragem não probabilística de gestores escolares, junto aos quais os dados foram coletados por meio de entrevistas pessoais, utilizando questionário estruturado, após submissão a juízes/especialistas das estruturas dos construtos inicialmente selecionados - tipos de modelo de gestão, liderança, autonomia percebida da escola, perfil empreendedor, orientação para aprendizagem e capital social ajustadas ao gestor escolar. Após isso, os resultados obtidos decorrem de três etapas de análise. A primeira, analisou a validade da estrutura de indicadores relativas às características do perfil do gestor, para o que utilizou a análise fatorial com perspectiva confirmatória, flexibilizada para exploratória na medida que constatou-se a possibilidade de oferecimento de estruturas aprimoradas dos respectivos construtos. O aprofundamento teórico que acompanhou esse processo evidenciou um novo construto latente, mediador da relação dos conceitos do perfil subjetivo do gestor e o desempenho escolar, o qual foi denominado empoderamento do gestor. A segunda etapa, norteada pela mediação do empoderamento, buscou confirmar as estruturas dos construtos gerados na etapa anterior, à luz da sua relação com o desempenho escolar, o que foi feito por meio da aplicação de modelagem das relações estruturais utilizando Partial Least Square (PLS), evidenciando a significância teórica e estatística dos construtos liderança, perfil empreendedor e capital social. A terceira etapa hierarquizou as expectativas de formação continuada dos gestores à luz do seu perfil subjetivo. O conjunto de resultados, embora limitados ao contextp dessa amostra, é importante fonte de subsídios para o planejamento da formação do gestor escolar ao longo da vida sob a responsabilidade dos órgãos gestores nos diferentes âmbitos municipal, estadual e federal no âmbito da educação.
Palavras-Chave Empoderamento do Gestor. Escalas de Mensuração. Gestão Escolar. Modelagem do Desempenho Escolar. Perfil do Gestor Escolar.
Ano 2018
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Autor(a) Luciana de Cássia Pereira
Orientador(a) Prof. Dr. Elias Estevão Goulart
Título O USO DO SMARTPHONE NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA NA CONCEPÇÃO DO ALUNO
Resumo O objetivo desta pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter exploratório foi identificar se o aluno utiliza, autonomamente, o smartphone nas aulas de Língua Espanhola com foco na aprendizagem do idioma; se o utiliza, entender como o utiliza, e levantar a visão ideal que ele tem sobre o uso do smartphone nas aulas de Língua Espanhola. Foi realizada uma pesquisa com 370 alunos entre 14 e 19 anos nas aulas de Língua Espanhola em uma escola pública na cidade de São Caetano do Sul em São Paulo. Os alunos foram submetidos à uma atividade elaborada na plataforma Google Forms e composta por questões de múltipla escolha, escala de Likert; e questões dissertativas. As respostas foram analisadas pelo método de 'análise de conteúdo' e categorizadas em 'campos semânticos': 'Dos Verbos', 'Da Língua Espanhola', 'Da Tecnologia', 'Dos Recursos', 'Dos Usuários', 'Do aluno', 'Do professor', 'Do Pedagógico', 'Do Cognitivo', 'Dos Termos Legais', 'Das Adjetivações (smartphone é...)' e 'Das Preposições, Advérbios e Pronomes' juntamente com sua frequência. A pesquisa concluiu que o aluno visualiza o smartphone como instrumento de aprendizagem, de acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento intelectual. Considera que o smartphone pode ajudar a aprender nas aulas, mesmo que algumas vezes seja uma distração, e o utiliza nas aulas de Língua Espanhola praticamente como um substituto de outros recursos, como por exemplo, dicionário virtual em substituição ao dicionário de papel. O produto final desta pesquisa é uma página no Facebook intitulada 'Smartphone en clases de Lengua Española', - Taller Pedagógico Virtual que servirá como espaço para os docentes das escolas públicas brasileiras compartilharem atividades elaboradas para serem realizadas em sala de aula com o uso do smartphone.
Palavras-Chave Educação. Língua Espanhola. Smartphone.
Ano 2018
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Autor(a) Luciene Franceschini
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título "APENAS BRINCANDO?" BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo compreender o modo como os brinquedos e as brincadeiras estão inseridos nas instituições municipais de educação infantil de São Caetano do Sul, na perspectiva de construir propostas de intervenção sobre a prática pedagógica. O estudo parte do pressuposto de que o brincar constitui atividade central da infância, sendo este um direito inalienável das crianças, o que torna as brincadeiras um dos eixos do trabalho pedagógico em creches e em pré-escolas. Entretanto, frente a uma sociedade adultocêntrica e grafocêntrica como a brasileira, os tempos e espaços destinados às brincadeiras vêm sendo substituídos por práticas escolarizantes, que visam à inserção das crianças, cada vez mais cedo, no sistema de produção capitalista. Frente a tal cenário, a pergunta da presente investigação é: "de que forma os brinquedos e as brincadeiras estão inseridos nas instituições de educação infantil de São Caetano do Sul?" O referencial teórico utilizado reporta-se aos estudos de Gilles Brougère, William Arnold Corsaro, Daniela Finco, Gisela Wajskop, Marta Regina Paulo da Silva, Patrícia Dias Prado e Tizuko Morchida Kishimoto, uma vez que estes(as) pesquisadores(as) defendem o brincar enquanto produção sociocultural e as crianças como cidadãs, participantes ativas da sociedade e produtoras de cultura. A opção metodológica foi pela pesquisa qualitativa, tendo sido realizado um estudo exploratório em uma pré-escola municipal, partindo-se da observação da prática de cinco professoras, no intuito de afinar as hipóteses e objetivos deste estudo, bem como traçar o percurso para o desenvolvimento de grupos focais, um realizado com cinco professoras de educação infantil e, outro, com cinco formadoras do Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (CECAPE). A análise dos dados revela que poucos momentos do cotidiano das instituições são destinados ao brincar livre das crianças, sendo tal fato justificado pelas docentes em função de uma organização da rotina que privilegia, sobretudo nas turmas de quatro e cinco anos, atividades voltadas à alfabetização, demarcando, assim, um modelo escolarizado que termina por marginalizar a iniciativa, a expressão e a criatividade de meninos e meninas. Tal análise demonstra ainda divergências entre as professoras e as formadoras no que se refere à falta de materiais e espaços adequados para as brincadeiras; com relação às concepções sobre o brincar, evidencia tanto a existência de perspectivas que o definem como nato, como aquelas que o consideram ser uma construção social e cultural. No que concerne à produção das culturas infantis, indica não haver clareza quanto à sua compreensão por parte de ambos os grupos. Desvela ainda a necessidade de um espaço de diálogo entre a equipe de professores(as) e formadoras do CECAPE, na perspectiva de construção de uma prática pedagógica que tenha o brincar como eixo estruturante do trabalho, fator que conduziu à elaboração de uma proposta de formação para os(as) docentes e formadoras de educação infantil, que constitui o produto final desta pesquisa.
Palavras-Chave Brincar. Culturas Infantis. Educação Infantil. Formação Docente. Práticas Escolarizantes.
Ano 2018
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Autor(a) Luiz Antonio Franco da Cruz
Orientador(a) Prof. Dr. Elias Estevão Goulart
Título CRIATIVIDADE E EDUCAÇÃO: O QUE PODEMOS APRENDER E ENSINAR
Resumo O presente estudo propõe uma investigação sobre as relações entre a estrutura de intelecto, denominada Criatividade, e o nível de desempenho escolar, identificado em alunos da Rede Pública Municipal de Ensino de São Caetano do Sul. Para tanto, a partir da revisão da literatura, busca-se uma conceituação adequada de criatividade que denote a estrutura deste constructo dentro do processo educacional, bem como o estabelecimento do instrumento adequado de métrica da criatividade no ambiente escolar. Como abordagem metodológica utiliza-se a pesquisa quantitativa, com o intuito de identificar as relações entre: o nível de criatividade dos alunos do Ensino Fundamental, medido pelos Teste de criatividade de Torrance; o desempenho escolar obtido na Prova São Caetano, uma avaliação em larga escala; e os valores médios de criatividade nacionais e internacionais, com similaridade de amostra e metodologia. Os resultados indicaram clara relação de inferioridade entre os níveis de criatividade obtidos na amostra e os índices de mesma faixa etária e educacional em outros países. As análises correlacionais entre criatividade e desempenho escolar demonstraram resultados estatisticamente nulos. São apontadas as divergências e convergências entre os índices dos quais se derivam possibilidades interpretativas. Neste contexto, propõem-se um instrumento prático com parâmetros norteadores da prática gestora e docente que fomente o desenvolvimento da criatividade nos processos pedagógicos municipais como uma política de Gestão Pública. Esta pesquisa apresenta dados e subsídios que podem ser utilizados por Secretarias de Educação municipais ou estaduais e, paralelamente, serem levados para o contexto da formação inicial e continuada de professores.
Palavras-Chave Aprendizagem. Criatividade. Educação. Formação. Inovação.
Ano 2018
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Autor(a) Maísa Moraes de Lima
Orientador(a) Profª. Drª. Maria de Fátima Ramos de Andrade
Título ESTRATÉGIAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
Resumo O desafio da inclusão é de todos. Ainda que as responsabilidades pela inclusão de alunos com necessidades educativas especiais tenham sido definidas em legislações nacionais, no que tange à obrigatoriedade do ensino inclusivo, esse processo não parece consolidado. O presente trabalho se propôs a investigar estratégias pedagógicas que contribuem para o processo de inclusão de crianças com múltipla deficiência no contexto escolar. Com o intuito de alcançar os propósitos desta investigação, optou-se por um estudo descritivo de caráter qualitativo, estruturado em três etapas: aplicação de questionários, realização de entrevistas e observação do contexto da sala de aula. Na primeira etapa, por meio das respostas de cinquenta e nove professores, traçamos o perfil dos respondentes, tanto pessoal quanto profissional. Na sequência, quatro professores foram entrevistados o que permitiu que obtivéssemos mais informações sobre como acolhem crianças com deficiências múltiplas. Por último, acompanhamos duas professoras no contexto escolar, procurando identificar as estratégias pedagógicas que colaboram para o processo de inclusão. Após análise dos dados, que foram gerados, o estudo apontou a importância da adaptação curricular, do processo de socialização, do envolvimento da família e do trabalho coletivo na escola como estratégias pedagógicas necessárias para o processo de inclusão de alunos com deficiência múltipla. Esses resultados propiciaram a produção de um produto final, no formato de E-book, com a intenção de fornecer alguns subsídios para o processo de inclusão de crianças com múltipla deficiência no contexto escolar.
Palavras-Chave Deficiência Múltipla. Estratégias Pedagógicas. Inclusão Escolar.
Ano 2018
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Autor(a) Marcos Vinicius Zanutto
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título ORIENTAÇÕES CURRICULARES: UM ESTUDO SOBRE A DISCIPLINA DE MATEMÁTICA DOS QUINTOS ANOS DA REDE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo Pesquisas sobre o currículo estão na ordem do dia, considerando que o Brasil está discutindo a Base Nacional Comum Curricular. Este estudo teve como objetivo analisar as Orientações Curriculares (OCs) do município de São Caetano do Sul (SCS) da disciplina de matemática dos quintos anos do Ensino Fundamental I. Para tal, foi utilizada a metodologia qualitativa em 6 fases complementares para coletar dados. Na primeira, foi realizado um levantamento teórico; a segunda consistiu em um detalhamento do município da pesquisa; na terceira, foi estudado o processo histórico de elaboração das OCs e também realizadas algumas entrevistas com as coordenadoras do projeto dos anos iniciais. Na quarta fase, foi analisado o documento das OCs com o foco principal nos conteúdos e nas habilidades dos quintos anos da disciplina de matemática. Na fase seguinte, foi delimitado o perfil de todos os 53 professores da rede municipal que lecionavam para os quintos anos. Por fim, na última fase foram desenvolvidas entrevistas semiestruturadas individuais para conhecer e aprofundar as percepções dos docentes da rede municipal sobre as OCs. Os principais resultados mostraram evidências sólidas sobre o perfil dos professores de matemática que atuam nos quintos anos; bem como a necessidade de uma revisão curricular das OCs, haja vista o número excessivo de conteúdos previstos, a distribuição não adequada desses conhecimentos nos trimestres e o distanciamento entre os conteúdos e a realidade discente; e por fim a exigência de uma formação de caráter mais prático. Tais resultados foram considerados na proposição de um plano de ação educacional. Esses dados contribuem trazendo novas referências às OCs e indicam novas proposições para o Centro de Formação de professores, para a Secretaria de Educação e para a formação de professores.
Palavras-Chave Currículo. Ensino Fundamental I. Matemática. Orientações Curriculares.
Ano 2018
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Autor(a) Maria Isabel Padovan
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título EDUCAÇÃO INTEGRAL E GESTÃO DEMOCRÁTICA: CONTRIBUIÇÕES DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE UMA ESCOLA DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo O trabalho apresenta resultados de uma pesquisa realizada em uma escola pública de ensino fundamental do município de São Caetano do Sul. Com base nos fundamentos epistemológicos e metodológicos da pesquisa colaborativa, o estudo reuniu subsídios para a elaboração de um plano de ações pedagógicas com vistas à Educação Integral dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. O referencial teórico articula os conceitos de Educação Integral e Qualidade Social da Educação, e discute o papel do Coordenador Pedagógico como ator chave na promoção da gestão democrática da escola, que tem por base o trabalho colaborativo entre os docentes. A problemática da pesquisa situou-se, assim, no contexto de uma discussão mais ampla sobre as políticas educacionais centradas nas avaliações externas de desempenho, visando à construção de uma proposta alternativa ao conceito hegemônico de qualidade. Apresenta o perfil dos coordenadores pedagógicos da rede municipal de São Caetano do Sul e dos professores dos anos finais do ensino fundamental da escola pesquisada, assim como os principais desafios apontados pelos sujeitos, com vistas ao desenvolvimento integral dos alunos dos anos finais do ensino fundamental que contribua, efetivamente, para a qualidade social da educação.
Palavras-Chave Coordenador de Área. Coordenador Pedagógico. Educação Integral. Pesquisa-Ação Colaborativa. Qualidade Social da Educação.
Ano 2018
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Autor(a) Marilda Capitulina Costa Salgado
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título EDUCADORAS DE BEBÊS: DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL
Resumo Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com educadoras de bebês das escolas municipais integradas (EMIs) de São Caetano do Sul/SP. Trata-se de uma pesquisa qualitativa inspirada em abordagens biográficas, que utilizou relatos orais em forma de depoimentos, fontes iconográficas, documentações oficiais (regimento escolar) e não oficiais (portfólios e registros de educadoras). Teve como objetivo compreender como as educadoras de bebês da Rede Municipal de Educação de São Caetano do Sul vêm constituindo sua identidade profissional. Parte do pressuposto de que a relação adulto-bebê nos berçários é relevante e que a qualidade do trabalho pedagógico está diretamente relacionada à formação dos(as) profissionais que neles atuam. Procurou compreender essa identidade dentro de um contexto histórico que envolveu um resgate da história do atendimento aos bebês nas creches e EMIs. Por meio da pesquisa tal história pôde ser sistematizada, uma vez que não havia registros da mesma, estando ela em poder das pessoas que a viveram. Como referencial teórico, utilizou-se dos estudos de Zygmunt Bauman, Claude Dubar, Stuart Hall, Zeila de Brito Fabri Demartini, Maria Carmen Silveira Barbosa, Anna Tardos, Emmi Pikler, Loris Malaguzzi, entre outros(as). Os resultados evidenciam um modelo de atendimento exclusivamente assistencialista nos primeiros anos dos berçários no município. Diante das demandas que surgiam no dia a dia, as educadoras foram construindo seus fazeres e saberes apoiadas em conhecimentos de senso comum e também naqueles adquiridos em formações em serviço, planejadas e desenvolvidas por diretoras e professoras das próprias unidades educacionais, que buscavam qualificar o trabalho. O Projeto Bebê 2000, considerado pelas educadoras como a primeira ação formativa dedicada às auxiliares, promoveu a reorganização dos espaços dos berçários trazendo uma nova concepção de atendimento que passou a compreender a potência dos bebês como seres que se relacionam por meio de muitas linguagens. O envolvimento de todos(as) que participaram desse processo, que objetivava a qualificação das práticas, foi fundamental para que mudanças significativas ocorressem; no entanto, a pesquisa revela que a atuação de profissionais sem formação em magistério nos berçários produziu um contexto no qual as educadoras vêm assumindo atribuições de auxiliares e de docentes, onde se observa uma dicotomização do cuidar e educar presente nos relatos das educadoras, que classificam as práticas como pedagógicas e não pedagógicas, sendo que essas últimas, referem-se aos cuidados com alimentação e higiene. A análise do regimento escolar indica que tal documento não define, com clareza, as atribuições das auxiliares berçaristas, uma vez que não considera as especificidades inerentes à prática da docência com bebês, como também o contexto dos berçários do município, que se configura pela ausência de professor(a). A complexidade que envolve a docência de bebês requer uma sólida qualificação profissional, dadas as especificidades inerentes à profissão, sendo primordial o investimento tanto na formação inicial quanto na continuada, caso contrário, como salientam as educadoras que participaram da pesquisa, há risco de constantes retrocessos que podem levar ao antigo modelo assistencialista.
Palavras-Chave Educadoras de Bebês. Formação Docente. Identidade Profissional. Relatos Orais. Saberes Docentes.
Ano 2018
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Autor(a) Mércia Figueiredo Della Maggiora Victor Ferreira
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título FORMAÇÃO CONTINUADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ESPECIFICIDADES DA ATUAÇAO COM CRIANÇAS PEQUENAS NA REDE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo compreender como a formação continuada oferecida pelo Centro de Capacitação dos Profissionais de Educação de São Caetano do Sul Prof.ª Zilda Arns (CECAPE) tem contribuído na formação dos(as) docentes que atuam com crianças de 0 a 3 anos, considerando as especificidades dessa faixa etária. Para tanto, a opção metodológica foi por uma pesquisa qualitativa, tendo como procedimentos a análise documental e entrevistas narrativas com professoras e gestoras de educação infantil do município. O referencial teórico utilizado contou com os estudos e pesquisas de autores(as) como Bernadete Gatti, José Carlos Libâneo, Antonio Nóvoa, Júlia Formosinho, Zilma Moraes Ramos de Oliveira, dentre outros(as). Os resultados da pesquisa revelam a ausência de sistematização do percurso de formação continuada no município de São Caetano do Sul, estando esta história em poder daqueles(as) que a vivenciaram. O resgate de tal percurso evidenciou a preocupação nos diferentes trabalhos formativos em discutir as especificidades do atendimento às crianças de 0 a 3 anos, o que se faz presente também na formação continuada oferecida pelo CECAPE. Sobre esta formação, os dados apontam para seu caráter de reflexão sobre a prática pedagógica, o que vem contribuindo, segundo as entrevistadas, para a qualificação de seu trabalho. Os espaços de Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo – HTPC - são tidos como momentos importantes de diálogo, contudo, dado o fato de ser facultativo, não possibilita a discussão coletiva, visto que muitos(as) docentes não participam. No que se refere ao cuidar e educar, funções da educação infantil, há, ainda, a necessidade de investimento formativo para a compreensão de seu caráter indissociável, de modo a superar hierarquizações no interior das instituições. A falta de professores(as) nos berçários, bem como a ausência de indicadores de qualidade que tratem das especificidades das crianças bem pequenas no documento municipal e nas atribuições docentes, revela a presença de uma perspectiva assistencialista na educação da pequena infância neste município. Com base nestes resultados, foi elaborada uma proposta de formação continuada com foco nas especificidades do atendimento às crianças de 0 a 3 anos. Conclui-se que, embora o programa de formação continuada realizado pelo CECAPE venha contribuindo com a prática pedagógica, há a necessidade de investimentos da própria Secretaria de Educação para que todas as crianças, inclusive os bebês, tenham, na sua educação, profissionais qualificados(as), com formação inicial em Pedagogia, como rege a legislação, e com oportunidades de formação continuada que lhes permitam serem sujeitos do seu próprio desenvolvimento profissional.
Palavras-Chave Crianças de 0 a 3 Anos. Educação Infantil. Formação Continuada de Professores(as).
Ano 2018
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Autor(a) Nicole Alves Pereira
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título DE CRIANÇA PARA CRIANÇA TEM HISTÓRIA TODO DIA: CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO LETRAMENTO LITERÁRIO
Resumo O objetivo geral desta pesquisa foi investigar as relações entre o trabalho com literatura infantil na fase de alfabetização e o desenvolvimento do letramento literário das crianças, dando a elas a oportunidade de ler, ouvir, contar e compreender histórias. Como referenciais teóricos são considerados estudos que defendem o papel humanizador da literatura, bem como análises sobre a estética da recepção que focalizam a interação social do texto com seu apreciador. A importância da literatura infantil na escola é abordada com base nas contribuições de autores que denunciam a escolarização inadequada da literatura infantil e propõem a perspectiva do letramento literário, que valorizam a experiência estética do leitor com o universo literário, permitindo-lhe dar sentido ao mundo. O trabalho, de caráter qualitativo, caracteriza-se por uma pesquisa aplicada do tipo intervencionista, desenvolvida em uma escola pública estadual paulista a partir da prática da pesquisadora como professora do segundo ano do Ensino Fundamental, com crianças em idade escolar de 6 a 8 anos. O corpus da pesquisa é composto pelos seguintes itens: a) perfil leitor dos alunos, levantado a partir de entrevista estruturada com questões abertas aplicada aos 30 alunos da turma de 2º ano; b) os dados gerados ao longo do desenvolvimento do projeto de leitura "De criança pra criança tem história todo dia", que consistiu em orientar o aluno a escolher um livro, levá-lo para casa, realizar a contação da história aos colegas e, em seguida, participar de atividades propiciadas pela professora para discussão e compreensão das histórias contadas em sala de aula; c) dados de uma roda de conversa realizada com os alunos após a realização do projeto, em que as crianças puderam comentar sobre a participação no mesmo; d) dados de uma segunda entrevista realizada com cada aluno participante do projeto, para obter mais elementos que pudessem indicar possíveis contribuições da intervenção realizada. Os resultados das análises evidenciaram vários aspectos que representam contribuições aos alunos, proporcionados pela oportunidade de ler, ouvir, contar e compreender histórias. Dentre esses aspectos, destacam-se: o protagonismo de alguns alunos que se interessaram por contar as histórias como exemplo e estímulo para os colegas que tinham dúvidas sobre a participação e que, ao final, reconheceram que a experiência foi válida e prazerosa, tanto na posição de contador quanto de ouvinte; o efeito particular que as histórias causam em cada um, sendo um aprendizado individual e único; a apropriação do texto literário pelos alunos, que tomaram para si as histórias, conseguiram ter uma experiência singular, foram capazes de se colocar no lugar dos personagens, tiveram a oportunidade de expor seus pensamentos e puderam deixar-se envolver com as obras. Concluiu-se, portanto, que a intervenção realizada com a turma por meio do projeto de leitura, no qual a criança foi protagonista, contribuiu para o desenvolvimento do letramento literário dos alunos a partir dos atos de ler, ouvir, contar e compreender histórias da literatura infantil. Os resultados permitem constatar que nós, professores, devemos buscar meios diferenciados para promover a relação entre os alunos e a literatura infantil, para romper o círculo da inadequada escolarização da literatura na escola.
Palavras-Chave Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Contação de Histórias. Formação de Professores. Letramento Literário. Literatura Infantil.
Ano 2018
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Autor(a) Renata Fernandes Borrozzino Marques
Orientador(a) Profª. Drª. Marta Regina Paulo da Silva
Título OS CÍRCULOS DE CULTURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONSTRUINDO UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA DIALÓGICA
Resumo Esta dissertação de mestrado apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com crianças de 5 anos de idade em uma pré-escola municipal de Santo André/SP. Trata-se de uma pesquisa do tipo intervenção pedagógica, que teve como objetivo central construir uma prática pedagógica dialógica que se contraponha à perspectiva antidialógica e escolarizante que vem marcando a educação infantil. Parte do pressuposto de que meninos e meninas, desde que nascem, leem o mundo e o comunicam através de suas múltiplas linguagens. Contudo, em uma sociedade adultocêntrica como a brasileira, as vozes das crianças terminam por serem silenciadas nas diferentes instâncias de socialização, dentre elas as instituições educacionais. Norteada pela pergunta é possível construir uma prática pedagógica dialógica com crianças de 5 anos a partir dos círculos de cultura?, a pesquisa procurou identificar quais os elementos que constituiriam o trabalho com o círculo de cultura na educação infantil. Para isso, problematizou o silenciamento imposto às crianças e a urgência em escutá-las, tendo como referencial teórico os estudos de Paulo Freire em uma interlocução com pesquisadores(as) da área da infância, como Sonia Kramer, Adilson de Angelo, Marta Regina Paulo da Silva e Daniela Finco. A intervenção se deu a partir da realização de círculos de cultura que tiveram como tema gerador as relações de gênero, visto ter sido este um tema recorrente entre as crianças e dada a sua relevância frente à sociedade heteronormativa em que vivemos. Os resultados da pesquisa demonstram que a leitura que as crianças fazem de mundo está impregnada de vida, das suas vivências cotidianas, que, por meio de um movimento dinâmico se apropriam, confrontam e ressignificam a cultura. No que se refere às questões de gênero, reproduzem valores machistas ao mesmo tempo em que borram suas fronteiras revelando que para elas o binômio masculino e feminino ainda não se apresenta tão dicotomizado. Os dados evidenciam ainda o caráter diálogo que se estabeleceu nos círculos de cultura entre as crianças, entre elas mesmas e a docente-pesquisadora, marcado pelo respeito e pela amorosidade. Como produto final desta pesquisa, está sendo apresentada uma proposta com os princípios e diretrizes para o trabalho com círculos de cultura na educação infantil, no intuito de subsidiar os(as) educadores(as). Conclui-se este trabalho ciente dos limites que o circunscrevem e reconhecendo a necessidade de novas pesquisas que investiguem os desafios e as possibilidades do trabalho com os círculos de cultura na educação infantil.
Palavras-Chave Círculos de Cultura. Criança. Educação Infantil. Paulo Freire
Ano 2018
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Autor(a) Renata Maria Sobral
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título O TRABALHO DO PROFESSOR AUXILIAR DE DIREÇÃO (PROAUDI) NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo A Educação Infantil conquistou um lugar de respeito em meio ao universo da aprendizagem. As particularidades do trabalho com esta faixa etária específica configuram-na como um locus diferenciado no que diz respeito ao atendimento integral à criança. A equipe gestora é responsável pelo funcionamento integrado das unidades, em que a intencionalidade pedagógica se faz presente em cada ambiente, em cada palavra e em cada proposta. O Professor Auxiliar de Direção (Proaudi) é parte integrante desta equipe que está à frente das escolas de Educação Infantil do município de São Caetano do Sul, estado de São Paulo. Neste contexto, a presente pesquisa, de natureza qualitativa, analisou o trabalho destes profissionais à luz das dimensões pedagógica e administrativa da gestão escolar. Para dar conta desta finalidade, além da pesquisa bibliográfica empreendida com o intuito de conhecer de modo mais aprofundado o trabalho do coordenador pedagógico, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com um grupo de Proaudi, com vistas a mapear sua rotina de trabalho e, por conseguinte, verificar em que medida ela converge para a dimensão pedagógica ou administrativa. Os dados, tratados na perspectiva da análise do discurso, conduziram a resultados que sinalizam que os Proaudis desenvolvem um trabalho efetivo de formação de professores e de acompanhamento da aprendizagem das crianças de cada escola, bem como se relacionam de maneira direta com a comunidade escolar. Tais elementos evidenciam uma prática profissional voltada à dimensão pedagógica da gestão escolar. Além disso, foi constatado que os Proaudis, por vezes, realizam tarefas inerentes aos aspectos administrativos da gestão, tal como ocorre com os coordenadores pedagógicos, mas, em volume bem menor quando comparada à dimensão pedagógica. Considerações acerca da valorização destes profissionais também compõem este estudo, justificando-se a necessidade do reconhecimento desta função por parte do poder público municipal. Os resultados dessa pesquisa poderão subsidiar a Secretaria Municipal de Educação no processo de regulamentação da função dos Proaudi.
Palavras-Chave Coordenador Pedagógico. Educação Infantil. Formação de Professores. Professor Auxiliar de Direção. São Caetano do Sul.
Ano 2018
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Autor(a) Romildo Rocha Estevam
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título REFLEXOS DA ESCOLA ORGANIZADA EM CICLOS NO ENSINO MÉDIO: A OPINIÃO DOS GESTORES
Resumo A organização do ensino em ciclos, no Brasil, é um assunto que está inserido nas discussões de especialistas, pesquisadores e educadores desde a década de 1920, mas, historicamente, foi a partir da década de 1980, que o tema ganhou destaque nas políticas educacionais. Os ciclos possibilitaram uma nova forma de organizar o tempo e o espaço escolar, em contraposição à clássica forma seriada cujo objetivo maior é a superação do fracasso escolar que se expressa, principalmente, pelas altas taxas de reprovação dos estudantes da educação básica. Contudo, se por um lado os ciclos de aprendizagem se constituíram em uma política progressista, por outro, quando atrelados à progressão continuada, assumem uma concepção mais conservadora, privilegiando tão somente a correção do fluxo escolar. Assim, o objetivo precípuo da presente pesquisa foi identificar as opiniões de gestores escolares acerca dos reflexos da organização do ensino em ciclos, bem como do regime de progressão continuada no que se refere ao desempenho dos estudantes no ensino médio. Para dar conta desse objetivo, realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa, por meio de entrevista semiestruturada, com 14 diretores de escolas públicas da Rede Estadual de Ensino nos municípios de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Estado de São Paulo. Os resultados mostram que, na opinião da maioria dos gestores, esse modelo de organização curricular, apesar de representar uma alternativa à redução da exclusão escolar, deixa lacunas de aprendizagem nos alunos do ensino fundamental, as quais interferem no desempenho dos estudantes no ensino médio. Cumpre destacar que esses resultados não podem ser generalizados, pois refletem tão somente a opinião de um grupo de gestores de uma terminada região. Não podem, portanto, representar uma apologia à escola seriada. Contudo, servem de alerta para gestores escolares, bem como para professores, a fim de que repensem a gestão do currículo em prol da melhoria da qualidade da educação.
Palavras-Chave Ciclos de Aprendizagem. Gestão Escolar. Políticas Educacionais. Progressão Continuada.
Ano 2018
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Autor(a) Sandra Cristina da Silva Rebelo
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Sílvia Moço Aparício
Título A INSERÇÃO DA LITERATURA MARGINAL-PERIFÉRICA NAS SALAS DE LEITURA DA REDE MUNICIPAL DE SÃO PAULO: OS ANOS INICIAIS EM FOCO
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo investigar o processo de inserção da literatura marginal-periférica nas Salas de Leitura da Rede Municipal de São Paulo, com o propósito de contribuir para a compreensão da integração dessa literatura nas escolas, considerando suas vias e instâncias de inserção. Quanto ao referencial teórico da pesquisa, foram abordados: o conceito de literatura como direito do homem, a literatura e o cânone, a leitura literária na escola, a literatura como prática cultural e social, considerando contribuições de Antonio Candido, Regina Zilberman, Marisa Lajolo, para citar alguns, bem como estudos sobre a literatura marginal-periférica de Regina Dalcastagnè, Heloisa Buarque de Hollanda, Érica Peçanha do Nascimento, entre outros. Como método da pesquisa, foi adotado o estudo de caso, de abordagem qualitativa, com contribuição e inspiração da metodologia de pesquisa narrativa, para o exame de relatos dos entrevistados. Os dados da pesquisa foram produzidos com base em análise documental sobre a Sala de Leitura e entrevistas semiestruturadas realizadas com envolvidos no processo dessa inserção. Os dados da análise documental e das entrevistas contribuíram para a contextualização histórica das Salas de Leitura, como também para a explicitação de ações e propostas de políticas públicas que garantiram, na contemporaneidade, espaços para entrada das produções periféricas na escola. Os resultados obtidos com o estudo demonstraram a importância da legitimação e da inclusão da cultura periférica no contexto escolar, bem como os espaços existentes para sua inserção. Isso pode ser observado pelas ações de políticas públicas desenvolvidas, como a compra de acervo para as Salas de Leitura, a política de formação de professores, a instauração de projetos relacionados à leitura de textos não hegemônicos e outros. Contudo, as conclusões indicam que não existe apenas uma via efetiva de inserção da literatura marginal-periférica nas escolas. Mas, a primordial é a que ocorre no âmbito do território, ou seja, a que se contextualiza na escola, onde o professor é o parceiro incondicional desta ação de efetivação. Os resultados indicam que os professores podem, sim, ser influenciados por formações, projetos e ações de políticas públicas, como ponto de partida para novas ações. Ainda assim, isso não basta para que o professor incorpore o compromisso de romper com práticas docentes cristalizadas. É preciso considerar os aspectos envoltos em sua atuação, como suas crenças, valores e experiências, que interferem nas práticas que desempenham cotidianamente. A análise aponta para a necessidade da auto percepção dos professores acerca do seu fazer pedagógico e da formação docente com novas abordagens, na vertente do professor como sujeito, em que possa se ouvir sua voz, saber o que pensa e como pensa, propensa a conhecer e trabalhar as crenças e valores por trás das práticas educativas.
Palavras-Chave Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Formação de Professores. Literatura Marginal-Periférica. Sala de Leitura.
Ano 2018
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Autor(a) Silvana Comunian Soares
Orientador(a) Prof. Dr. Alan César Belo Angeluci
Título DISPOSITIVOS MÓVEIS E CULTURA DIGITAL: O PHUBBING NO CONTEXTO PROFESSOR-ALUNO
Resumo A sociedade contemporânea tem vivenciado uma nova era, marcada por expressivos avanços tecnológicos, provenientes do uso das denominadas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Nesse meandro, destaca-se a presença massiva de aparelhos celulares e junto desses desponta um novo comportamento: o phubbing, representado pelo ato de ignorar pessoas ao fazer uso de dispositivos móveis durante interações face-a-face, ou presenciais. Phubbing é um termo em inglês, cuja origem advêm da junção dos termos phone e snubbing. Este novo comportamento, que de forma crescente, vem sendo experimentado nas relações interpessoais, tem seu princípio sob o advento da era da informação, a partir do consumo exponencial de Internet e mídias móveis, além da facilitação do acesso às tecnologias emergentes. Este estudo, por sua vez, prima por investigar o fenômeno phubbing dentro do cenário escolar, particularmente na relação estabelecida entre professor-aluno na sala de aula. Dentro desse universo, de um lado, de forma estabelecida e regulada, encontram-se as escolas, ainda reticentes quanto à apropriação das TICs em seus processos didático-pedagógicos, e de outro lado, jovens alunos inebriados pela cultura digital, cuja presença manifesta-se abundantemente no contemporâneo redefinindo suas identidades. Outrossim, este estudo, além de abordar o phubbing sob o prisma tecnológico (o caráter e qualidade dos dispositivos móveis nas relações), traz à luz o panorama educacional contemporâneo, com seus desafios frente ao novo momento social proporcionado pelas TICs, que tem refletido sobretudo nos tradicionais processos educacionais, instigando um novo olhar sobre as formas de ensinar e aprender. Com o intuito de alcançar a profundidade adequada para compreensão das variáveis atreladas a esse novo processo social, delineou-se um estudo quantitativo, cuja amostra compreendeu jovens estudantes do ensino médio (1º, 2º e 3º. anos), com idades entre 19 e 24 anos, de ambos os sexos, de Escola Técnica localizada no município de São Paulo, Brasil. A coleta dos dados foi realizada por intermédio de questionário on-line (desenvolvido a partir do software Qualtrics), contendo 28 questões, que abordam o perfil, relação com a tecnologia, uso do celular na escola e, ainda, como o celular interfere nos relacionamentos interpessoais. Os resultados apontam alunos, nativos digitais e altamente conectados, na busca por alternativas inovadoras e diferenciadas de aprendizagem. Para mais da metade desses jovens (60%) estar em aula não corresponde a estar off-line, não apresentando-se dispostos a abrir mão da vida digital e ainda considerando a escola e professores inaptos ou atrasados em relação à cultura digital. Dentro desse contexto, regras e proibições não são suficientemente determinantes para contenção do uso de dispositivos móveis, sobretudo dentro das salas de aula. Como produto pedagógico, a ser disponibilizado para a rede de ensino, sugere-se a criação de um game educativo relacionado ao tema phubbing. O aplicativo fará parte de uma campanha (Ciclo de Palestras – Stop Phubbing) sobre o tema nas instituições de ensino e será utilizado como "situação-problema" ou detonador para estimular as discussões entre os jovens participantes.
Palavras-Chave Celulares na Sala de Aula. Educação e Tecnologia. Ensino-aprendizagem. Mídias Móveis no Contexto Escolar.
Ano 2018
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Autor(a) Valdirene Rodrigues Costa
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título GESTORES ESCOLARES E GESTÃO DEMOCRÁTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DA CIDADE DE SÃO CAETANO DO SUL
Resumo O Brasil enfrenta o desafio de promover a Gestão Democrática (GD) na escola pública e, neste processo, entre outras questões, o diretor manifesta um papel de fundamental relevância, exercendo importante liderança, uma vez que orienta e mobiliza as pessoas envolvidas no projeto pedagógico, com o objetivo de melhorar o ensino, influenciando indiretamente o aprendizado dos alunos. Este estudo identificou e analisou as características (perfil) dos diretores e alguns processos de GD nas escolas públicas estaduais de Ensino Fundamental na cidade de São Caetano do Sul. Com tal objetivo, inicialmente, realizou-se a revisão da literatura e foram analisados os desafios e as possibilidades da GD a partir do Questionário do Diretor, da Prova Brasil de 2009 e 2015. Em um segundo momento, investigou-se, junto aos diretores, professores e pais de alunos, como são conduzidos os processos de GD. Para a efetivação desta pesquisa, optou-se pela metodologia mista, envolvendo a abordagem quantitativa, na primeira fase, e qualitativa, na segunda (entrevistas). Os resultados mostraram que a maioria dos diretores eram mulheres, de cor branca, acima de 45 anos de idade, formadas em instituições privadas, em cursos presenciais e experientes em educação. Em relação à GD, como possibilidades, situações favoráveis e desejáveis, constatou-se uma ampliação da experiência profissional e da realização de cursos de especialização de 360 horas. Como desafios e obstáculos a serem superados, verificou-se: menor número de educadores participando de formação continuada nos últimos dois anos, maior interferência externa na escola, diminuição na troca de informações entre diretores e o maior número destes profissionais estar acima dos 55 anos. Havia ainda desafios referentes ao conselho de escola e de classe, ao Projeto Político-Pedagógico e à limitação dos discursos, sobretudo de pais de alunos, relativos a tais processos. Os dados desta presente pesquisa podem ser utilizados por autoridades políticas e educacionais para planejamento e serem levados aos cursos de formação inicial e continuada de gestores escolares a fim de promover o debate.
Palavras-Chave Diretores de Escolas. Ensino Fundamental. Gestão Democrática.
Ano 2018
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Autor(a) Vanessa Maria Vicente Umemura
Orientador(a) Profª. Drª. Sanny Silva da Rosa
Título COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E A QUALIDADE SOCIAL DA EDUCAÇÃO: UM ESTUDO BASEADO NA PESQUISA-AÇÃO COLABORATIVA
Resumo O presente estudo investigou possibilidades alternativas para o trabalho da coordenação pedagógica no que diz respeito à organização do trabalho colaborativo docente em contextos formativos dentro das escolas. Para tanto, propôs inicialmente a discussão de dois conceitos-chave: gestão democrática e qualidade social da educação básica. Em seguida, as questões levantadas da prática foram utilizadas como objeto de uma pesquisa-ação colaborativa realizada com docentes que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental em uma escola pública do município de São Caetano do Sul. Após as etapas de caracterização e diagnóstico, apresentou-se a análise dos dados coletados em sessões reflexivas, utilizando a metodologia dos núcleos de significação, cujo pressuposto epistemológico é a existência de uma relação dialética entre os sentidos e significados subjetivamente atribuídos pelos sujeitos e o contexto histórico-cultural em que são produzidos. Esta pesquisa possibilitou o reconhecimento das principais potencialidades e fragilidades do trabalho dos coordenadores pedagógicos de São Caetano do Sul. Como resultado, traz uma proposta para a gestão pedagógica da escola que fortaleça a gestão democrática por meio do trabalho colaborativo, em prol do contínuo desenvolvimento docente e da qualidade social da educação.
Palavras-Chave Coordenação Pedagógica. Gestão Democrática. Pesquisa-ação Colaborativa. Qualidade Social da Educação Básica.
Ano 2018
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Autor(a) Vanessa Martos Gasquez
Orientador(a) Prof. Dr. Alan César Belo Angeluci
Título ESTADO DA ARTE SOBRE TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) NA APRENDIZAGEM: DUAS CARTOGRAFIAS INTERATIVAS
Resumo As discussões a respeito das políticas púbicas de inclusão ainda não foram suficientes para incluir o Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH) no rol dos atendimentos oferecidos ao público-alvo da inclusão, que ocorrem em salas de recursos nas escolas regulares do Ensino Fundamental. Em contrapartida, a demanda por diagnósticos decorrentes de problemas de aprendizagem tem aumentado a cada dia, a ponto de o Ministério da Educação publicar um Ofício Circular direcionado às redes municipais e estaduais de educação, sugerindo medidas não medicamentosas no ambiente escolar. Tais medidas estão relacionadas ao uso do fármaco Metilfenidato, utilizado para tratamento do TDAH. Para compreender os motivos que levam um aluno diagnosticado com TDAH a ter problemas de aprendizagem, este estudo propôs-se a realizar uma pesquisa científica, com o objetivo de compor o Estado da Arte sobre este tema, com foco na aprendizagem. Embora o TDAH seja um transtorno descrito pela literatura médica desde o século XVIII e incluso no DSM-V, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o levantamento do Estado da Arte indicou o embate de 2 linhas de pesquisas antagônicas: uma defende a existência do transtorno e a outra duvida dessa existência ou critica os critérios de diagnóstico. Como metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica a partir das bases de dados do Google Acadêmico, portal da CAPES Periódicos e Web of Science. Para realizar a análise dos manuscritos científicos identificados, foram usados procedimentos de categorização propostos por Bardin (2011), com apoio do software ATLAS.ti. O resultado da investigação de dados culminou em 8 categorias: Aprendizagem; Diagnóstico; Comportamento; Estigma; Técnicas Diferenciadas; Dificuldades de Aprendizagem, Medicalização e Outras Abordagens. Em linhas gerais, estas categorias indicam que o Estado da Arte deste tema aponta para a possibilidade de desenvolver técnicas diferenciadas de ensino para o público com TDAH, sem a necessidade de uso medicamentoso. Esta pesquisa gerou como produto educacional um site relativo ao transtorno embutido, com duas cartografias interativas: uma sobre pesquisas científicas e outra acerca de um giro pelo mundo a respeito das ações em prol do TDAH.
Palavras-Chave Aprendizagem. Cartografia Interativa. Inclusão. TDAH. Transtorno do Déficit de Atenção.
Ano 2018
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